Ministro Cardozo faz chicana política com a vida dos paulistas. Ou: Petista agora não assina ato de ofício nem quando é para fazer o bem???
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está fazendo chicana
política com a vida dos paulistas; mexe com assunto sério — assunto no
qual o PT é sabidamente ruim: segurança publica. A Bahia sabe disso.
Todos os estados governados pelo PT sabem disso. O Brasil, com seus 50
mil homicídios por ano sabe disso.
Cardozo é
ministro da Justiça. O Ministério da Justiça, senhores brasileiros, é,
assim, como uma espécie versão para o Executivo do Poder Judiciário.
Nenhum outro ente do estado está mais obrigado a formalizar
procedimentos do que essa Pasta.
O ministro
diz que ofereceu ajuda e que o governo de São Paulo recusou? Cadê o
documento? A gente sabe que petistas cometem ato de ofício sem assinar
papel, como deixa claro o mensalão, mas é para cometer crimes, não é,
sr. Cardozo? Aqueles para os quais, segundo o senhor mesmo, em razão da
suposta “maturidade”, os brasileiros não dariam a menor bola.
Mas
seria inédito na história um ministro da Justiça oferecer ajuda a um
estado sem assinar o ato de ofício, aquilo que está sob a sua
competência. O senhor não assinou por quê, senhor ministro? Reitero: que
petistas não assinem atos de ofício quando cometem corrupção ativa,
corrupção passiva ou peculato, eu entendo. Mas por que um membro do
partido e do governo não o assinaria para fazer o bem?
Eu
respondo à pergunta, ministro: porque nunca houve oferta de ajuda, e o
pedido do governo de São Paulo que lhe foi enviado no dia 29 de junho
foi solenemente ignorado. Ao se referir a ele, o senhor foi extremamente
mal educado com o povo paulista: “O governo federal não é a Casa da
Moeda”. Será que terei de lembrar a Cadozo quando São Paulo arrecada
para a União e quanto recebe em troca?
A função
de um ministro de estado não é plantar notas em jornais ou permitir que
plantem em seu nome. Não é mentir ou fazer vistas grossas quando mentem
em seu nome. Todos os governantes têm de ter um compromisso com a
verdade, mais ainda um ministro da Justiça.
O sr.
Cardozo está escrevendo um capítulo vergonhoso da história do Ministério
da Justiça, mais do que nunca a serviço de um projeto de poder. O PT
demonstra que a campanha eleitoral não acabou e continuará 2013 afora.
De resto,
ainda que fosse verdade — e não é — que o governo tivesse oferecido
ajuda ao governo de São Paulo, e ainda que fosse verdade, e não é, que o
governo de São Paulo a tivesse recusado, o encaminhamento jamais
poderia ter sido a plantação de fofoca em jornal. Redigir um ofício de
última hora e enviá-lo primeiro à TV Globo e só depois ao governo do
Estado são práticas próprias à pistolagem política.
Esse é o homem que o PT quer enviar para o Supremo Tribunal Federal.
Tags: São Paulo, Segurança Pública
SEGURANÇA
– Governo de SP tem a prova de que pediu a colaboração do Planalto e é
tratado como mentiroso em certa imprensa; Cardozo, que não tem como
provar a acusação feita a SP, é tratado como fonte da verdade. O nome
disso é campanha eleitoral antecipada
Espalhem
este post, para debate, os que repudiam a manipulação, a mentira e o
desassombro do que querem usar a vida e a segurança dos paulistas como
instrumento de guerrilha eleitoral.
Vejam esta
primeira página de um ofício datado de 29 de junho de 2012. Nele, o
secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto,
pede a colaboração do governo federal para a implementação de alguns
programas. Não recebeu resposta nenhuma! Ou melhor: recebeu! Na Folha do
dia 29 deste mês, José Eduardo Cardozo, com grosseria ímpar, mandou
ver: “O governo federal não é a Casa da Moeda”. Vejam parte do documento. Volto em seguida.
Voltei
O governo federal deflagrou, com a ajuda de setores da imprensa — infelizmente, do noticiário da Globo também (trata-se de ajuda objetiva; se é intencional, isso é outra conversa) —, a campanha eleitoral de 2014 em São Paulo antes mesmo de encerrar a de 2012. Tenta-se usar contra o governo de Geraldo Alckmin a mesma acusação que Fernando Haddad fez contra Gilberto Kassab: negar-se a fazer parcerias com o governo federal — nesse caso, na área de segurança. A principal personagem da farsa é o ministro da Justiça — apontado, pasmem!, como pré-candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
O governo federal deflagrou, com a ajuda de setores da imprensa — infelizmente, do noticiário da Globo também (trata-se de ajuda objetiva; se é intencional, isso é outra conversa) —, a campanha eleitoral de 2014 em São Paulo antes mesmo de encerrar a de 2012. Tenta-se usar contra o governo de Geraldo Alckmin a mesma acusação que Fernando Haddad fez contra Gilberto Kassab: negar-se a fazer parcerias com o governo federal — nesse caso, na área de segurança. A principal personagem da farsa é o ministro da Justiça — apontado, pasmem!, como pré-candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Não se
haviam passado ainda 24 horas do desligamento das urnas, Rui Falcão já
anunciava um acordo com… Kassab!!! Ou por outra: as acusações eram
mentirosas. Buscavam apenas criar um movimento de opinião pública contra
a candidatura do tucano José Serra, apresentando como se fosse… Kassab,
aquele que teria recusado ajuda para creches. Tanto um não era o outro
que o prefeito já está no colo do PT, e Serra continua a ser satanizado
pelo petismo e pela escória jornalística, tanto a velha como a renovada
(já que se fala em renovação…). Nota curiosa: nos dois casos, o governo
federal estaria a oferecer ajuda a São Paulo em áreas nas quais São
Paulo pode dar aulas ao governo federal: creches e segurança pública.
Parece piada!
O Jornal Hoje
levou ao ar uma reportagem nesta quarta em que, é inescapável, quem
aparece como vilão é o governo de São Paulo, especialmente o secretário
da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. Há tempos eu não via a
edição de um material decretar de tal maneira o desempate contra quem
falta com a verdade. A reportagem começa com a notícia de novas mortes
na cidade — inclusive de três moradores de rua; ocorrências envolvendo
esse grupo obedece a uma dinâmica distinta de ações do crime organizado. Mas isso é o de menos. Adiante.
Ferreira é o mentiroso?
O Jornal Hoje leva ao ar um ofício em que Cardozo oferece ajuda ao governo de São Paulo. Trechos são destacados e intercalados com falas de Ferreira Pinto negando a oferta. Fica parecendo que Ferreira é um mentiroso. O telespectador, que não é obrigado a ter o olhar e a percepção treinados para entender como se fabricam notícias e salsichas, pode não ter atentando para um dado ausente da reportagem: QUAL É A DATA DO OFÍCIO DE CARDOZO? Quando ele redigiu aquele documento?
O Jornal Hoje leva ao ar um ofício em que Cardozo oferece ajuda ao governo de São Paulo. Trechos são destacados e intercalados com falas de Ferreira Pinto negando a oferta. Fica parecendo que Ferreira é um mentiroso. O telespectador, que não é obrigado a ter o olhar e a percepção treinados para entender como se fabricam notícias e salsichas, pode não ter atentando para um dado ausente da reportagem: QUAL É A DATA DO OFÍCIO DE CARDOZO? Quando ele redigiu aquele documento?
Isso é importante? É APENAS CENTRAL EM TODA A CONTROVÉRSIA.
Esse documento veio à luz ONTEM!!! Atenção! A TV Globo recebeu e levou
ao ar o dito-cujo, mas ele não chegou ainda, pasmem!, ao governo de São
Paulo!!! Cardozo está usando a imprensa para partidarizar uma questão
séria: a segurança pública. O texto cita como experiências bem-sucedidas
de parcerias entre estados e governo Federal os casos do Rio e de
Alagoas. O primeiro estado tem uma média de 25 homicídios por 100 mil
habitantes (e já se provou que é uma estatística maquiada); o segundo,
de 66 por 100 mil. Em São Paulo, são 11! Assim como Haddad fez meia
dúzia de creches e pretendeu dar aula a quem construiu 150 mil, o PT,
que governa há 10 anos um país que tem 50 mil homicídios por ano,
pretende ser a referência no combate à criminalidade… É ironicamente
macabro!
O documento exibido sem data na Globo (foi feito ontem) é o ápice de uma escalada que precisa ser recuperada
Passo um – No
dia 27 de outubro, véspera da eleição — e o pilar da campanha petista,
reitero, era a conversa mole de que a cidade de São Paulo se recusava a
celebrar parceria com o governo federal —, o Painel, da Folha, publicou a
seguinte nota (em vermelho):
Diante da
escalada na criminalidade em São Paulo, Dilma Rousseff enviou emissários
para conversas com o secretário de Segurança do Estado, Antonio
Ferreira Pinto, há cerca de 40 dias. Segundo interlocutores do Planalto,
foi oferecida ajuda na capital, além de informações de inteligência,
mas o diálogo não prosperou. Representantes de Geraldo Alckmin acusam o
governo federal de omissão no combate ao narcotráfico e contrabando de
armas nas fronteiras, suas prerrogativas.
Passo 2 – Como
isso não havia acontecido — a verdade estava no contrário —, o
secretário de Segurança, Ferreira Pinto, negou a mentira. E fez bem.
Passo 3 – O que fez Cardozo? Saiu do off e foi para o on: concedeu uma entrevista ao próprio jornal afirmando que a ajuda foi oferecida várias vezes. É mesmo?
A: Ele tinha algum ofício? Não!
B: Ele tinha algum outro documento? Não!
C: Ele tinha alguma proposta objetivamente encaminhada? Não!
A: Ele tinha algum ofício? Não!
B: Ele tinha algum outro documento? Não!
C: Ele tinha alguma proposta objetivamente encaminhada? Não!
Ele só tinha, como sempre, o gogó.
Na entrevista, com grosseria incompatível com o cargo que ocupa, Cardozo disse a seguinte pérola:
“O Ministério da Justiça não é a Casa da Moeda para ser mero repassador de dinheiro. Especialmente para Estados que têm condições orçamentárias para fazer um bom trabalho na segurança pública.”
“O Ministério da Justiça não é a Casa da Moeda para ser mero repassador de dinheiro. Especialmente para Estados que têm condições orçamentárias para fazer um bom trabalho na segurança pública.”
Sabem por
que ele disse isso? Porque ele não tinha prova nenhuma de que havia
oferecido ajuda a São Paulo, mas São Paulo tinha a prova — aquele
documento lá do alto — de que havia pedido a colaboração do governo
federal. E recebeu uma grande banana.
1:
Quer dizer que o Ministério da Justiça agora é uma repartição informal,
que oferece ajuda “de boca” ao governo de São Paulo, por meio de vários
emissários?
2:
Quer dizer que Cardozo apresenta um documento com data de ontem sobre
oferta que teria feito “há vários meses” e merece da imprensa o
tratamento de fonte da verdade? O secretário Ferreira Pinto, que não
recebeu ofício nem antes nem agora fica com a pecha de mentiroso?
3:
Quem encaminhou, no dia 29 de junho, um ofício pedindo a colaboração do
governo federal foi a secretaria de Segurança Pública, como está
provado. Resposta de Cardozo dada por intermédio da Folha, anteontem: “O
governo federal não é Casa da Moeda”.
No documento de Ferreira, os projetos da Secretaria de Segurança Pública estão devidamente detalhados. Vejam. Volto depois.
– Se a
Globo e o resto da imprensa não informarem qual é a data do ofício de
Cardozo, o que se tem é distorção, não reportagem. Na verdade, o que se
tem é o trinfo da mentira.
– Se a
Globo e o resto da imprensa não levarem ao ar o ofício enviado pela
Secretaria no dia 29 de junho — e sem resposta do governo federal —, o
que se tem é colaboração objetiva com o processo de satanização do
governo de São Paulo.
– Um
documento redigido de última hora, entregue à imprensa antes mesmo de
chegar ao governo de São Paulo, não pode ser usado como prova de que
houve a oferta da ajuda. Quem tem a prova de que pediu a ajuda é o
governo de São Paulo.
Agora a conclusão
Essa campanha do governo federal
se dá no momento em que São Paulo enfrenta, sim, um recrudescimento da
violência, ainda que seus índices de homicídio sejam muito melhores do
que os da maioria das demais unidades da federação. Na verdade, Segundo o
Mapa da Violência, o estado está em penúltimo lugar no ranking de
homicídios, e a capital, entre as 27, em último.
Não estou cobrando que a imprensa omita dados. Ao contrário. Estou cobrando que os divulgue.
Da forma
como as coisas caminham, reitero, sem medo de errar, que setores da
imprensa e governo federal estão fazendo uma aliança objetiva com o
crime organizado — tenha ele o nome de PCC, PTT, PQP, pouco importa.
Nesse
meio, pode aparecer a turma do empate: “Enquanto as autoridades brigam, a
população padece…”. Uma ova! A operação foi deflagrada por José Eduardo
Cardozo. Quem está passando por mentiroso é aquele que detém a prova de
quem fala a verdade.
Isso tudo
tem um nome e um espírito: “É preciso haver uma renovação em São
Paulo…”. Parte da imprensa já atua como se fosse o João Santana… O
governo de São Paulo deveria levar ao ar uma propaganda institucional em
defesa da sua polícia, repudiando aqueles que decidiram fazer campanha
eleitoral com a vida e a segurança dos paulistas.
É
asqueroso! Estão usando a vida dos paulistas para fazer guerra de
propaganda. Contra os fatos. Isso já ajudou a eleger Fernando Haddad.
Agora começou a campanha em favor de Alexandre Padilha.