sexta-feira, 31 de agosto de 2012

“Escrevo e leio para não me sentir só".





“Escrevo e leio para não me sentir só. Não escrevo para tornar a vida do meu leitor melhor”.

Li isso num texto do Luis Felipe Pondé, filósofo com o qual “dialogo” semanalmente em livros e artigos na Folha de São Paulo.

É o meu guru. O que ele pensa, eu absorvo. Isso me deixa bem. Ele é um pessimista filosófico. Isso implica muita coisa. Não é momento para tentar esclarecer.

Aos poucos, vou em enredando em seu pensamento sofisticado. A teia dele me encobre, me enlaça e me equilibra.

Se um dia me perguntarem por que leio (muito) e escrevo (ainda pouco) direi: Escrevo e leio para não me sentir só. Plagio Pondé com orgulho.

O filósofo foi criticado por um colega de jornal, Marcelo Coelho. Coelho o criticou. Ele respondeu assim:




Ao ser indagado se não tinha esperanças, Kafka disse, “esperanças há muitas, mas não para nós”. Janouch narra um dia em que ele, com 20 anos, disse a Kafka, então com 40, “hoje não estou entendendo nada do que você diz”. Kafka respondeu “deve ser a misericórdia de Deus, porque sendo você jovem, e estando eu hoje pessimista, se você me entendesse, você ficaria mal”. Confessa: “o pessimismo é meu pecado”.

Por que os clássicos são tão pessimistas? Seria o trágico uma moda? Três mil anos de moda? Improvável. Na sua coluna de 21 de janeiro, meu colega ilustrado (velha piada entre nós) Marcelo Coelho critica “meu” pessimismo. Colunistas que “matam a esperança” são supérfluos. O bom jornalismo opinativo é pautado pelo conflito de idéias, por isso, agradeço suas críticas. Ele acha que ao duvidar do Iluminismo reforço forças regressivas na experiência humana. Eu penso que o Iluminismo é que é regressivo porque caminha sobre fantasias enquanto os homens caminham sobre tumbas. Nós modernos somos a raça mais covarde que caminhou sobre a Terra. Não escrevo para tornar a vida do meu leitor melhor. Escrevo e leio para não me sentir só. Quando olho os “avanços” da nossa minúscula história, penso: como nos verão em mil anos? Como a decadência do século 17? Rirão de nós porque demos direitos aos ratos, enquanto fizemos dos bebês lixo reciclável pelo direito de gozar mais? Respondo a pergunta “o que eu acho da Revolução Francesa?” com “ainda é cedo pra dizer qualquer coisa”.

Imaginem dois africanos no século 19. Um vende o outro como escravo (negros vendiam negros). O escravo é levado para os Estados Unidos e lá sofre todo tipo de horror da escravidão. O outro fica livre e feliz na África. Adiantem o filme. O bisneto do escravo mora nos EUA, casa na praia, filhos na faculdade, e a esposa, bisneta de outro escravo, médica de sucesso. Voltem pra África. Muitos bisnetos do que ficou lá continuam a viver em seus buracos, matando-se do mesmo jeito (como acabou a escravidão, perderam a chance de vender seus “irmãos”). Famílias afundam na miséria. Qual é a moral desta história? Que a escravidão foi uma bênção para os afro-americanos porque os levou para os EUA? E a liberdade do outro, a maldição de seus bisnetos? Os afro-americanos, que hoje celebram a vitória do Obama, depois de muito sofrimento, diriam “ainda bem que nossos bisavós foram escravos”? Não! A escravidão é um horror.

A questão é outra: qual o sentido da história humana? Nenhum. A história não é a luta entre a luz e as trevas. Não porque elas não existam, mas porque não sabemos identificar, com o microscópio das idéias claras e distintas de que dispomos, a trama infinita de suas relações. Um homem faz o que pode em meio a opacidade do mundo. Meu pecado é não fazer o marketing da democracia de massa. Falsos sentimentos são comuns nos homens, logo, quanto mais homens, maior a chance de mentira, por isso desconfio de bons sentimentos em grandes quantidades.

Mais? Os índios não vivem em comunhão com a natureza, apenas ficaram na idade da pedra em técnicas de domínio da natureza, como muitos africanos que ficaram na África. A ciência e a política tampouco fazem os homens melhores. O mundo não é dividido entre elite má e pobre bom. Se a elite é cruel, o povo é violento e interesseiro. Os homens não são iguais, alguns são melhores. A igualdade ama o medíocre. É mentira que todo mundo possa julgar as coisas por si só. A propaganda desta mentira gera uma horda de invejosos que sonham em destruir quem eles julgam livres. Supérfluo? Mentira. Num mundo parasitado pelo marketing como forma de vida, ser pessimista é um método. Não se trata de dizer morbidamente “o mundo é mau”, mas reconhecer que no humano a verdade é uma ferida incurável. A esperança que conta é a do animal ferido.

Nada disso implica concordar com crianças mortas. O debate ao redor da esperança não é um problema do quão otimista somos, mas o que em nós nos faria colaborar com nazistas na França ocupada, além do medo. Manter o emprego? A chance de destruir alguém melhor do que eu? Tomar a mulher de alguém?

Promoção pessoal? Nada mais banal, nada mais humano. Na “Metamorfose”, Gregor Samsa, agora uma barata, vê a delícia que é caminhar de cabeça pra baixo com suas perninhas coladas ao teto. Sente-se finalmente feliz. A barata é a otimista em Kafka.

"ia namorar muito, eu ia dar muito", diz Xuxa

O tema era a fama, mas o último “Na Moral”, de Pedro Bial, acabou sendo sobre a fama de Xuxa, a principal convidada da noite. Ela dominou o programa, repetindo revelações que fez na célebre entrevista ao “Fantástico”, sobre a violência sexual que sofreu na infância, mas também dando declarações bem engraçadas sobre o assunto.

Convidada a dizer o que faria se tivesse 15 segundos de anonimato, falou: “Eu ia beijar muito, eu ia namorar muito, eu ia dar muito… eu ia para alguns lugares que não posso ir, fazer o que eu quisesse e ninguém ia escrever em lugar nenhum”.

Também observou: “A fama deixa a gente meio cega, surda e paralítica”. Chamando Bial de Pedro, foi chamada pelo apresentador de “Xuxazinha”.

O programa exibiu um dos momentos mais contrangedores da história do “Jornal Nacional” — a notícia, narrada com toda a solenidade por William Bonner, do nascimento de Sasha, e duas reportagens com o bebê e a mãe. Xuxa teve, então, a oportunidade de dizer que hoje compreende ter exposto em demasia a criança.
Em outro momento, provocada por Bial, a apresentadora disse que leu tudo que foi escrito sobre a entrevista ao “Fantástico”, exibida em maio, e ficou muito chateada por não ter sido compreendida. “Eu queria realmente ajudar”, disse, em tom de lamentação. Mesmo assim, voltou a contar que foi abusada por um namorado de sua avó.

Em clima de “Arquivo confidencial”, o programa mostrou depoimentos de parentes de Xuxa e de Viviane Senna, que falou da “paixão” do irmão, Ayrton, pela apresentadora. “A gente viu algo que você perdeu com a fama…”, completou Bial, referindo-se a Senna.
Foi a oportunidade para Xuxa repetir a história, contada no “Fantástico”, que planejava se encontrar com o piloto no fim-de-semana de sua morte, mesmo sabendo que ele tinha outra namorada.

Mesmo não tendo o seu nome citado, Adriane Galisteu reagiu ao comentário escrevendo, em seguida, no Twitter: “Papai do céu, dai-me paciência… Muita paciência!!! Na moral na moral! Só na moral!”

Xuxa também fez propaganda da marca de cosméticos que pagou para que ela mudasse a cor de seus cabelos e dançou com Bial no palco do programa. O apresentador encerrou a temporada do “Na Moral” prometendo voltar a se encontrar com o público em janeiro, no “Big Brother Brasil”.

Ereções 2012

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E um amigo disse que o Kassab é o puxadinho do Serra. E a Marta é a puxadinha do Haddad! O Lula virou o Louro José do Haddad. E o Chalita tá a cara do Doutor Hollywood!


                                          

E esses cavaletes malditos? Tem tanto cavalete de candidato na calçada que já virou corrida de obstáculos! Você desvia de um, tropeça em outro e se estatela no chão!

Em Curitiba lançaram uma nova modalidade olímpica: voadora em cavalete! Quem acertar a cabeça do candidato ganha dez pontos! E o Gustavo Fruet, de Curitiba, que lançou a campanha Adote um Cavalete! Ele leva o cavalete até a sua casa, de dia você bota na calçada e, de noite, recolhe o cavalete e dorme com o cavalete! E goza no cavalete e devolve pro candidato! Rarará!

E já tem até um blog sobre cavaletes: Cavaletes Malditos! Na eleição de 2010 botaram um cavalete da Marta aqui na esquina, e eu fui lá e pintei um bigode. Ficou pior? Não, ficou melhor! Rarará!

E o hilário eleitoral? Só tem filho. Sou filho do pastor R.R. Soares. Sou filho do professor Kobayashi. Sou filho da Zulaiê Cobra. Até a cobra já deu cria. E a filha do Levy Fidelix foi feita no vagão do aerotrem? E no Rio tem a filha do Garotinho coligada com o filho do Cesar Maia. Sabe como se chama isso? NEPAITISMO! Não é mais nepotismo, é nepaitismo.

E o Agnaldo Timóteo de blazer amarelo-discoteca: "Sou um menino de 76 anos". Já sei, toma Viagra com sucrilhos. Rarará! Quase um Leleco! E a Neusa da Silva, mediadora de conflitos. Vulgo aparta-barraco! Devia trabalhar na "Avenida Brasil"!

Como escreveu um amigo no Twitter: "É tanta proposta de UBS, AMA, Mãe Paulistana, hospital, remédio, parece que São Paulo só tem doente". Doente de raiva. Daqui a pouco vão inventar "Minha Maca, Minha Vida!". Rarará!

É mole? É mole, mas sobe!

A Galera Medonha! A Turma da Tarja Preta! Direto de Sapeaçu (BA): "Luzia do Titanic". Ela é totalmente vesga. Por isso o Titanic bateu!

E este devia ser prefeito da 25 de Março: "Defunto do Camelô"! Ou seja, não adianta PM matar camelô, aparece o Defunto do Camelô! Rarará! Votem em mim! Pelo PGN. Partido da Genitália Nacional.

Prometo transformar os CEUs num inferno. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sermão do Bom Ladrão

 

Por Reinaldo Azevedo

 

Dois ministros citam o “Sermão do Bom Ladrão”

No voto que deu ontem, o ministro Celso de Mello, decano da corte, citou o Sermão do Bom Ladrão, de Padre Vieira (1608-1697), aquele que o poeta Fernando Pessoa chamava, com justiça, “o imperador da Língua Portuguesa”. Nesta quinta, o ministro Ayres Britto referiu-se, mais uma vez, ao sermão. Lá vai um trecho:

“Não são só ladrões — diz o Santo — os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os pobres. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. Diógenes que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas (juízes) e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos.” Ditosa Grécia que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e, no mesmo dia, ser levado em triunfo um cônsul ou ditador por ter roubado uma província.”
(…)

É nesse texto que Vieira diz que “o roubar pouco faz os piratas”, e o “roubar muito, os Alexandres”.
Por Reinaldo Azevedo

Condenado

Deve ser culpa da mídia golpista.....



                                                    

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar do mensalão, o deputado João Paulo Cunha comunicou ao PT a decisão de retirar sua candidatura à prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo. O vice de sua chapa, Jorge Lapas (PT), ex-secretário municipal de Governo, assumirá a candidatura.

Ainda que predomine a avaliação que a candidatura de Jorge Lapas não terá tempo hábil para ganhar musculatura, os petistas pressionaram o deputado para que ele abandonasse a disputa. A avaliação é que o desgaste pela condenação por corrupção inviabilizou sua permanência nas eleições e que ele seria bombardeado na propaganda de rádio e TV - além, é claro, da incerteza sobre sua possível prisão ao término do julgamento do mensalão.

Além disso, João Paulo foi orientado por dirigentes do PT a se dedicar, a partir de agora, à tentativa de manter seu mandato de deputado federal na Câmara. Ele deverá enfrentar processo de cassação do mandato tão logo os trâmites judiciários da ação penal do mensalão termine.

Dirigentes do partido se reúnem na noite desta quinta-feira, João Paulo entre eles, para traçar os próximos rumos da campanha. Segundo aliados, João Paulo pressiona agora para emplacar Valmir Prascidelli como novo vice. Prascidelli é vereador e pertence ao mesmo grupo político de João Paulo.

Bastidores - Nos bastidores, petistas avaliam que é real o risco de perder a prefeitura de Osasco, hoje administrada por Emídio de Souza, para Celso Giglio, do PSDB. A condenação na quarta-feira também deu força a uma ala do partido que sempre foi refratária à candidatura de João Paulo. O argumento central é que, além da pecha de mensaleiro, ele não conseguiu fazer a candidatura decolar mesmo amparado por uma coligação de 20 partidos.

Política de SRN: fatos e conseqüências.


 

Dois fatos importantes ocorreram na política de SRN. O deferimento do recurso do ex-prefeito Avelar Ferreira pelo TRE-PI  e o apoio, recente, do prefeito Herculano ao candidato Beto Macedo.

AVELAR FERREIRA

Uma campanha eleitoral que pretende ser vitoriosa vive de fatos positivos. A soma dos fatos positivos no curso da campanha define o resultado final. Ontem, um fato mais que positivo oxigenou a anêmica campanha do integrante do grupo dos Ferreira.

Embora favorita, a campanha do ex-prefeito andava murcha. Estrangulada por uma decisão judicial de primeira instância, que indeferiu seu registro de candidatura, a campanha passava por maus bocados. A insegurança limitava a ação do ex-prefeito e contaminava seus correligionários.

A reforma da decisão, obtida no Tribunal Eleitoral em Teresina, injetou ânimo e tende a impulsionar e animar a militância. O candidato volta com força à condição de favorito, embora - bom que se diga -  o processo ainda vá desembocar no TSE, em Brasília.

Venceu uma das batalhas, mas a guerra ainda não acabou. Falta o último combate, aquele em que se decidirá o futuro de uma família que quer voltar ao poder, para de lá não sair mais tão cedo. Como nos velhos e nos novos tempos.  

BETO MACEDO

A campanha de Beto caminha bem. Vinha ganhando adeptos e, seguramente, ganhou corpo a ponto de preocupar os adversários. Está numa curva ascendente. Se a sentença que indeferiu a candidatura do ex-prefeito Avelar Ferreira tivesse sido mantida, não há sombra de dúvidas que Beto aproximar-se-ia de uma vitória. Infelizmente, para ele, Avelar reverteu, por enquanto, o jogo.  

Ontem, no primeiro comício seu, Beto obteve o apoio do atual prefeito Herculano. Foi de extrema importância. Um contraponto rápido. Pode e vai se tornar mais um ativo a mais para a difícil luta que se encaminha para o fim.

O candidato do governador- pelo menos do partido do governador – precisa continuar crescendo, sem interrupção. Precisa, também, demonstrar que vai chegar forte, apto a derrotar Avelar Ferreira e sua máquina de fazer campanha, azeitada com essa boa notícia vinda das barras da justiça.

CONCLUSÃO

Falta, praticamente, um mês para as eleições. Fatos novos ocorrerão. Quem conseguir reunir os positivos e rechaçar os negativos, pode definir a fatura. Só um vence. E os destinos dos são-raimundenses serão depositados no colo de quem comandará a tão cobiçada máquina pública da capital da pré-história.

Aí é rezar muito...

Teresina está farta de tantos carinhos

“Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,ele quer repousar de nossos terríveis carinhos. O Brasil não nos quer! Está farto de nós!Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil .Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros.”
Procurei inspiração para lançar comentários sobre a campanha de prefeito em Teresina. Como não a encontrei nos candidatos a prefeito que se apresentam, busquei em Drummond o mote, o apelo que me ajudaria a garatujar algumas linhas sobre o processo. 
Após ouvir as promessas em debates televisivos, concluí que Teresina está farta de tantos carinhos, de tantas promessas de afago, de tanta bajulação.
 A promessa de salvar os jovens, os idosos, as criancinhas, os trabalhadores, os estudantes estão na boca de todos os que querem conduzir nossos destinos. Não são candidatos, são redentores,  messias de um novo tempo, de uma nova aurora.
A renúncia ao presente – e, por consequência, às suas complexidades – é um apelo comum aos que só querem gargantear mentiras e promessas falsas de um mundo imaginário, que não está a alcance da política, porque esta é só uma necessidade, e não um caminho apto a nos retirar de pobres pastagens e nos remeter a campos verdejantes.

 Não. Isso é só uma utopia fracassada, como são todas as utopias políticas. A utopia pode servir de alimento à literatura, à arte ou a qualquer outro processo criativo que tenha por fim anunciar e enunciar mundos diferentes dentro do mundo real. Na política, a experiência utópica deu no que deu. Não é preciso enumerar os milhões de mortos que foram esmagados por essa ideia.
Os “nossos” candidatos ancoram suas falas numa verborragia tosca, que pretende ser progressista porque, em tese, busca assistir os desassistidos, tirá-los dos círculos do inferno em que estão imersos.
Os drogados terão casa de recuperação; os desempregados, bolsas assistenciais; os trabalhadores, transporte público de qualidade; os da periferia, calçamentos de boa qualidade, fora água, esgoto, emprego batendo à porta e uma vida mais feliz.
A discussão é sobre quem faz ou fará mais para os que vivem condições de risco. As condições de risco serão riscadas por decreto. E assim se fará uma Teresina mais feliz para acompanhar o Estado, que é uma terra mais feliz de há muito.
A constatação é que as discussões políticas sobre temas fundamentais já não encontram mais espaço na construção de candidaturas. Estão divorciadas do candidato. E eles estão cada vez pior.
Assim, a mesquinhez encontrou seu lugar ideal e transformou a performance dos candidatos num assombroso espetáculo imbecilizado, apto a imbecilizar quem o assiste, restando somente o apelo aos excessos de carinhos prometidos pela língua solta dos que já não têm nada de relevante a dizer.
Teresina está farta de tantos carinhos. Quer repousar deles. E nós, também.
Zeferino Júnior-


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O paulistano dá sinais de que cansou de Serra

O paulistano dá sinais de que cansou de Serra

Nove entre 10 especialistas em pesquisas de intenção de voto duvidam que José Serra, candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, seja capaz de se recuperar e vencer a eleição de outubro próximo. Salvo se seus adversários cometerem graves erros.

Eleição é como uma montanha. Se você começa a escala-la com regularidade tem chances de chegar lá em cima. Ou pelo menos perto do topo.

Mas se você está perto do topo e começa a cair, a cair, dificilmente inverte a rota.
Pode até estancar em determinado patamar. Mas voltar a subir e atingir o topo antes dos outros, esqueça.

Foto: Fernando Cavalcanti / Milenar

As mais recentes pesquisas indicam que Serra está montanha abaixo. Russomanno se mantém mais ou menos onde sempre esteve. E Haddad, candidato do PT, cresce.

O PT sempre contou com algo como 30% dos votos da capital paulista. Haddad, portanto, tem espaço para crescer. Se ele disputar o segundo turno com Russomanno, atrairá parte dos votos de Serra.

O contrário é verdade. Ou seria verdade. Para tentar derrotar Russomano, Serra atrairia votos do PT.
A renúncia à prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo parece estar custando mais caro a Serra do que ele imaginava.

De resto, ele incorre em erros comuns a campanhas anteriores.

Um deles: Serra - e mais  ninguém - manda na campanha. Todo o poder está concentrado em suas mãos - e parte nas mãos do seu marqueteiro, Luiz Gonzales.

Para vencer ou perder, Gonzalez dá a impressão de só dispor de um único modelo de campanha. Com ele foi capaz de eleger Kassab prefeito. Com ele elegeu Serra governador. Com ele já perdeu muitas eleições.

O paulistano emite fortes sinais de que cansou de Serra.
Quem já elegeu Jânio Quadros, Paulo Maluf e Celso Pitta pode acabar elegendo Russomano.

Márcio Thomaz Bastos exibe o seu “lado Kakay”

Ao homenagear Peluso, Márcio Thomaz Bastos exibe o seu “lado Kakay”

 

 

 

Este Márcio Thomaz Bastos!!! Nas homenagens a Cezar Peluso, o decano da defesa falou em nome dos advogados e pediu a suspensão da sessão por algum tempo para que o ministro pudesse ser cumprimentado e coisa e tal. Até aí, tudo certo!

Mas Bastos é quem é. No seu discurso em homenagem a Peluso, observou que ele, Bastos, participou do “processo de indicação e de nomeação” do ministro. É evidente que se trata de uma lembrança impertinente, que o coloca um tantinho acima do homenageado do dia, não é mesmo?

Bastos exibe, assim, o seu “lado Kakay”, o coruscante advogado Antonio Carlos de Almeida Castro. Ao defender sua cliente, o notório “Kakay” lembrou que foi ele quem sugeriu o nome do primeiro procurador-geral da era petista, que pertenceria ao “mesmo grupo” do atual procurador, Roberto Gurgel.

Por Reinaldo Azevedo

"Quarta Louca por Jesus"

Convite para "Quarta Louca por Jesus" traz pastor cheirando a "Bíblia" no Espírito SantoConvite da Igreja Missão Evangélica para a "Quarta Louca por Jesus" mostra pastor cheirando a "Bíblia"

  • Convite da Igreja Missão Evangélica para a "Quarta Louca por Jesus" mostra pastor cheirando a "Bíblia"
O projeto evangélico da Igreja Missão Evangélica, em Vila Velha, no Espírito Santo, chamou a atenção ao expor o pastor Lúcio Barreto, mais conhecido como Lucinho, cheirando a Bíblia no convite para o culto de jovens que reúne 1.500 jovens semanalmente para estudar o livro sagrado dos cristãos.

O culto, realizado todas as quartas-feiras pelo pastor Lucinho, líder nos estudos feitos com os jovens na igreja, é chamado de “Quarta Louca por Jesus”. Para o também pastor e presidente da Igreja Evangélica Missão, Simonton Araújo, o convite tem o objetivo de alcançar a juventude que está sem rumo e sem direção.

“Ele não está cheirando nada, só está mostrando que é melhor viver com a Bíblia. Está mostrando este caminho como algo muito mais valioso e prazeroso”, disse Simonton.

Polêmico, o convite ganhou destaque nas mídias sociais devido à alusão ao consumo de drogas, mas, segundo o pastor, o convite apenas fugiu do padrão comum. De acordo com ele, a Igreja Evangélica Missão luta pela modernidade sem abrir mão do conteúdo evangélico.

Criticada nas redes sociais, a foto foi associada pelos internautas ao consumo de cocaína. Por outro lado, o convite também recebeu elogios na rede de quem considerou a foto moderna e “extremamente evangelista”. O pastor Lucinho está viajando a trabalho e não foi encontrado pelo UOL para  comentar a foto do convite.

Avelar Ferreira empata o jogo

Avelar Ferreira empata o jogo




Após decisão contrária à sua candidatura, proferida na primeira instância, a corte eleitoral do piauí, por 4 x 1 reformou a decisão.

O Juízes do TRE-PI entenderam que o registro de candidatura do ex-prefeito dever ser validado, contrariando o parecer do Ministério Público Eleitoral, que entendeu pela não concessão do registro. 

Avelar venceu uma batalha. A guerra, no entanto, encerra-se em Brasília, com o julgamento final, caso o Ministério Público recorra. 

Não deixa de ser uma vitória num momento delicado. Já era de conhecimento público a apatia que se abatia sobre a candidatura do grupo Ferreira. Percebia-se o definhamento por conta da indefinição. 

Com o novo fôlego, Avelar buscará intensificar a campanha. E seu opositor direto, Beto Macedo, terá que manter o ânimo, que andava exaltado diante da impossibilidade de indeferimento do registro do adversário e do crescimento paulatino de seu nome na disputa.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Expert em design vaginal

Lábios vaginais recauchutados e outros retoques na genitália feminina não podem ser facilmente exibidos como peitões de silicone ou barriguinhas lipoaspiradas. Mesmo assim, são o último fenômeno no cardápio moderno das intervenções plásticas.
Excesso de plásticas inspira mural da diversidade genital
Riscos da cirurgia íntima incluem redução da sensibilidade
'A vagina não é bonita, dá para ficar melhor', diz modelo que fez cirurgia íntima
Xico Sá: Breve manifesto contra as cirurgias íntimas
Nos EUA, são feitas mais de 1,5 milhão de cirurgias íntimas. No Reino Unido, 1,2 milhão. No Brasil, médicos apontam um crescimento de 50% nos últimos dois anos.

Jamie McCartney/Divulgação


Um dos painéis que compõem o "Grande Mural da Vagin", do artista plástico inglês Jamie McCartney

O ginecologista Paulo Guimarães é expert em "design vaginal". Dá cursos de formação em cosmetoginecologia para médicos. Nos treinamentos, diz, 900 mulheres são operadas por ano, a preços menores. No consultório, "com atendimento personalizado e sigilo", afirma fazer 15 cirurgias íntimas por mês.

O cirurgião plástico Marcelo Wulkan, que atende em São Paulo e tem trabalhos sobre redução de lábios vaginais em publicações internacionais, diz fazer cem desses procedimentos por ano.
Mesmo médicos mais conhecidos por outros tipos de cirurgia, como implantes mamários e plástica de nariz, estão vendo a procura crescer.
"Nos últimos dois anos, passei de uma cirurgia íntima para três por mês", conta Eduardo Lintz, chefe de cirurgia plástica do hospital HCor, de São Paulo, e professor do Instituto Ivo Pitangui, no Rio. No total, Lintz faz cerca de 40 cirurgias plásticas mensais.

TAMANHO-PADRÃO

Como não há evidências de que os lábios vaginais cresceram nos últimos anos, especula-se que o aumento de cirurgias redutoras esteja ligado à uma nova busca de medidas genitais "padrão".
E o que é uma vagina normal? Assim como as estatísticas brasileiras sobre cirurgia íntima, as medidas são imprecisas. "Isso é um pouco subjetivo. Quando o lábio menor não ultrapassa 2 cm de largura pode ser considerado normal", diz Wulkan.

Está longe de ser consenso. Segundo estudo no "British Journal of Obstetrics and Gynaecology", a diversidade de tamanhos observada nos lábios vaginais da população é imensa, o que amplia o espectro de normalidade.

Jefferson Bernardes/Folhapress
Para a modelo gaúcha Andressa Urach, a vagina não é bonita e dá para ficar melhor

O mesmo estudo aponta que trabalhos anteriores definiram como acima do normal lábios com mais de 4 cm de largura, mas essa medida deve ser revista e ampliada.

Quando os lábios menores ultrapassam os maiores, a tendência é serem considerados candidatos à cirurgia. Mas não se trata de uma imperfeição física.

"É constitucional, a mulher nasce com essa característica, como nasce com um nariz grande", diz Lintz.
No entanto, o que é natural já não é o normal.

Imagens de nus femininos, reportagens e material didático criam o modelo de normalidade, diz a antropóloga Thais Machado-Borges, do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Estocolmo, Suécia.
No estudo "Um olhar antropológico sobre a mídia, cirurgia íntima e normalidade", ela diz que as mulheres consideram atrativas as formas que correspondam a esse modelo, criadas por técnicas cirúrgicas. "Será que essas cirurgias podem transformar zonas erógenas em 'paisagens' onde reina o prazer?", questiona.

Como em relação a narizes, peitos e bundas, o padrão estético muda conforme a época e o país. "Nos EUA, as mulheres querem vagina pequena, cor-de-rosa. As brasileiras querem no mesmo tom de pele do das mãos, com lábios de 1 cm a 1,5 cm", diz o ginecologista Paulo Guimarães.

"É o modelo imaginário do órgão de menininha, o formato 'sou virgem'", interpreta a psicóloga Rachel Moreno.

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia alerta seus membros sobre riscos dessa onda.

"É preciso muito cuidado para mexer em locais com tantas terminações nervosas. As cirurgias íntimas são vendidas como soluções para dificuldades sexuais, mas, se você mexer onde não era para mexer, você piora o que era para melhorar", diz Gerson Lopes, presidente da comissão de sexologia da entidade.

A Veja convenceu os ministros do Supremo

ACABOU! O MENSALÃO É AGORA UMA REALIDADE HISTÓRICA ATESTADA TAMBÉM PELO SUPREMO!

 

 

Um grande dia ontem para o Supremo Tribunal Federal — e que a Corte continue a marcar encontros com um bom futuro. Está enterrada a quimera lulista, a saber: a fantasia de que o mensalão nunca existiu. O Apedeuta voltou a repetir essa ladainha em entrevista ao New York Times, publicada no dia 25. Qualquer outro, com um mínimo de bom senso, não faria tal afirmação agora ao jornal mais importante do mundo. Mas Lula é quem é. Tentava, mais uma vez, intimidar a corte. Vamos ao que interessa. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Brasil, já foi condenado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Marcos Valério e dois sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paes, também — só que, no caso deles, é corrupção ativa. Até agora, 6 dos 11 ministros optaram pela condenação. Esses votos significam o reconhecimento claro, inequívoco, indubitável de que o mensalão — ou como se queira chamar aquela penca de crimes — existiu. Se Márcio Thomaz Bastos considerou que o voto de Ricardo Lewandowski em favor do deputado João Paulo Cunha significava a vitória da “tese do caixa dois”, como chegou a dizer em entrevista, os seis a zero contra Pizzolato já significam a derrota.

Ou por outra: A CONDENAÇÃO DE PIZZOLATO — nem Lewandowski e Dias Toffoli tiveram a coragem de negá-lo, porque também a desmoralização tem lá o seu decoro — CORRESPONDE AO RECONHECIMENTO DE QUE HAVIA UM SISTEMA EM OPERAÇÃO. Um sistema que ROUBOU DINHEIRO PÚBLICO. Quando cinco ministros endossaram o voto do relator, Joaquim Barbosa, estavam a dizer que os cofres do banco foram assaltados, os recursos transferidos para a conta da agência de Valério e, dali, para os chamados “mensaleiros”.

Acabou! Todo o esforço de Lula e dos petistas para negar o óbvio foi em vão. É claro que estou entre aqueles que acham que José Dirceu também tem de ser condenado — porque acho, a exemplo da Procuradoria-Geral da República, que ele era “chefe da quadrilha”. Atenção, no entanto, para o que vem: ainda que ele não seja, o mensalão já é uma realidade histórica atestada também pela mais alta corte do país. E olhem que cinco ministros ainda não votaram. Como o voto se dá na ordem inversa da antiguidade, sobraram nesta segunda metade quatro ex-presidentes — Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello — e o atual, Ayres Britto. Sabem o peso que tem a sua palavra.

O caso João Paulo
 
Dias Toffoli, para a surpresa de ninguém, acompanhou o voto de Ricardo Lewandowski no caso do deputado João Paulo Cunha, inocentando-o de todas as acusações — e, nos crimes concernentes ao esquema da Câmara, também Valério e seus sócios. Posts abaixo, comento outros aspectos desse voto. Agora, quero tratar do que chega a ser até uma curiosidade intelectual.

Não entendi — e as pessoas com as quais falo, pouco importa a opinião que tenham sobre o mérito, também não entenderam — qual a diferença entre o que fez Pizzolato e o que fez João Paulo. O modo como ambos agiram é rigorosamente igual. Lewandowski, obviamente, sabe disso. Toffoli também. Por que os dois ministros condenam um e absolvem outro é, do ponto de vista lógico, um mistério. Logo, a explicação tem de ser buscada nas circunstâncias.

Ainda que a agência de Valério tivesse mesmo prestado os serviços para os quais foi contratada — não é o que os autos indicam —, as evidências de crime estão todas lá, muito especialmente o saque de R$ 50 mil na boca do caixa. Para os dois ministros, tudo indica, o problema de Pizzolato é não ser político.  Como poderia alegar caixa dois de campanha?

Isso dá pistas, parece, do tratamento que a dupla pretende dispensar aos demais políticos. Afinal, covenham: se João Paulo, que recebeu dinheiro da empresa que mantinha contrato com a Câmara, é “inocente”, o que não dizer dos outros, que não tinham celebrado contrato nenhum com Marcos Valério?
Por Reinaldo Azevedo

Sanfonas na aridez da Caatinga

Sanfonas na aridez da Caatinga


 CINEAS SANTOS

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O mundo era pequeno: acabava logo ali depois da roça de seu Abraão. As aspirações eram rasas e as chuvas, quando vinham, adoçavam a vida. Em matéria de sonhos, um se fazia recorrente: ir a São Paulo, ganhar um dinheiro graúdo, comprar uma sanfona vistosa e voltar correndo pro sertão. Na verdade, a sanfona – acreditávamos – era o caminho mais curto para chegar ao coração das mulheres. Assim, foram-se os tios, os primos, os irmãos, os amigos... Uns voltaram com suas sanfonas escandalosas; outros se em notícia ruim.. Com a indeclinável vocação para pedra, fui ficando. Assustavam-me os versos: “São Paulo tem muito ouro/corre prata pelo chão/o dinheiro corre tanto/que não posso pegar não”, na voz de seu Luiz. Acabei encalhado na Chapada do Corisco.

O tempo e os contratempos encarregaram-se de demonstrar que eu jamais seria um sanfoneiro. Desisti de vez no dia em que ouvi o Sivuca solando um choro. Impossível chegar àquele nível de excelência; menos não me interessava. Contentei-me em ser apenas um apreciador do toque das sanfonas.


Vai que, no ano passado, a profª. Samara Negreiros me propôs realizarmos um festival de sanfona em São Raimundo Nonato. Fiz apenas uma exigência: sem “forro de plástico”. Ela relutou (havia o receio de não haver público), mas acabou concordando. Assim, em meio à festa do padroeiro da cidade, realizamos a primeira edição do Festival de Sanfona de São Raimundo Nonato, uma festa inesquecível. Como não havia nenhuma das bandas “calcinha” presentes na praça, as famílias lotaram o espaço para ouvir João Cláudio Moreno, Valor de Pi, Chagas Vale, Ivan Silva, Josué Costa e Adelson Viana, além dos sanfoneiros da terra. A Avenida dos Estudantes não coube a plateia. A melhor parte: não se registrou um único incidente capaz de conspurcar a imagem da festa.


Este ano, sob as bênçãos de São Raimundo, repetimos a festa com um brilho ainda maior. Entre as atrações do 2º Festival de Sanfona de São Raimundo Nonato, marcaram presença: Clã Brasil, Waldonys, Orquestra Tamoio, Vagner Ribeiro, João Cláudio, Valdemar do Acordeom, entre outros. Impossível não dar certo.


Preocupados com o caráter educativo do Festival, os organizadores, nesta edição, ofereceram aos professores e estudantes são-raimundenses oficinas de literatura de cordel, xilogravura, rabeca, sanfona, violão, literatura piauiense, construção de bonecos. De quebra, exibiram um varal de poesias com textos das figuras mais representativas da moderna poesia piauiense. Contando com o patrocínio da OI, do Governo do Estado e da Prefeitura de São Raimundo Nonato, o festival demonstra claramente que o público sabe distinguir a boa música da vulgaridade que assola o país. Não fazemos por menos: PÉROLAS AO POVO!

Decisão em caso semelhante reforça otimismo de Avelar Ferreira



O TRE-PI deferiu registro de candidatura de Vitorino Tavares, candidato a prefeito de João Costa, contrariando o parecer do Ministério Público Eleitoral, que entendia que a palavra final no julgamento das contas do gestor cabe ao Tribunal de Contas, e não à câmara de vereadores.

No caso, o Tribunal de Contas reprovou as contas do gestor, mas a câmara municipal contrariou a decisão do órgão de contas, emprestando legitimidade à decisão dos vereadores.

Somente o Juiz Federal acompanhou o raciocínio do Ministério Público. Todos os outros membros da corte eleitoral preferiram acompanhar o relator e deferir o registro de candidatura do candidato a prefeito de João Costa, mantendo a decisão de primeira instância, que havia “autorizado” o registro de candidatura.

O caso se assemelha ao do ex-prefeito Avelar Ferreira. Caso o Tribunal siga o mesmo raciocínio, afinal são casos idênticos, o registro de candidatura do ex-prefeito está prestes a ser deferido em Teresina.

Levou-se em conta, também, liminar conseguida pelos gestores em Mandado de Segurança. Os dois obtiveram liminar.

O Ministério Público, caso se confirme a decisão da corte nesse sentido, dever recorrer para o TSE, em Brasília.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Nada de julgamento


Juntada de documento no processo que julga o registro de candidatura de Avelar Ferreira pode adiar seu julgamento. 




Às 19:41h de hoje, 27, foi juntado documento no processo de impugnação do registro de candidatura de Avelar Ferreira.  Em despacho, o juiz eleitoral mandou notificar a outra parte para se manifestar, em 24 horas, sobre o referido documento.

Com isso,  o prazo oferecido pelo magistrado- 24 horas-, se utilizado pela outra parte pode adiar o julgamento para o dia 29, quarta-feira.  

É possível, no entanto, que a parte se manifeste antes do prazo sem utilizar-se de todo período ofertado.  Ou até mesmo que a sessão de julgamento de amanhã se estenda a ponto de conseguir julgar o ex-prefeito.

Não dá pra saber, só acompanhando pelo andamento do processo eleitoral na net, quem juntou documento. Pode ter sido o candidato ou o MP. 

De qualquer forma, um ou outro tem que manifestar no prazo oferecido. 

ANDAMENTO DO PROCESSO NO RCAND

Seção Data e Hora Andamento GABJCV 27/08/2012 19:44 Enviado para SECADP. Para os devidos fins - juntada de documento aos autos e vistas à parte contrária pelo prazo de 24horas. 

GABJCV 27/08/2012 19:44 Cancelado o envio para COORDENADORIA DE SESSÕES E APOIO AO PLENO GABJCV 27/08/2012 17:43

 Enviado para COSAP. Para os devidos fins - devidos fins GABJCV 27/08/2012 17:42 Recebido