terça-feira, 31 de julho de 2012

"Londres! Ouro em China!"

Enquanto anunciam que a China ganhou seis medalhas, já ganhou outra! É tipo transa de coelho!


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Londres Urgente!

Piada Pronta Olímpica: "Judoca brasileiro Kitadai quebra medalha no banho". Isso que é judoca: quebrou o dente na luta e a medalha no banho! Quebra tudo, Kitadai! Rarará! Esse foi o mesmo que borrou o quimono no Pan. E vai ganhar uma medalha nova. Merece. Aliás, merece OURO! Rarará!

E a China? Não aguento mais ouvir hino chinês! A China é assim: enquanto anunciam que ela ganhou seis medalhas, já ganhou outra! Tipo transa de coelho! E quando não ganham, fabricam! Medalha Xing Ling! E tem até corno na Olimpíada. O jogador bielorrusso: Kornilenko. Colega do Tufão. Devia jogar no Divino! Rarará!

O técnico de basquete da Tunísia era a cara do Levy Fidelix. Aerotrem Brasil-Tunísia! E o Diego Hypólito é o Rubinho da ginástica? Rarará!

E ouro pra Ana Paula Padrão! Gafe olímpica: anunciou o "Jornal da Globo" na Record. Eu achei bonito. Espírito olímpico! Não é o congraçamento das nações? O congraçamento das emissoras. Acabou com essa chatice Record x Globo!

Ninguém escapa de escorregão. O Boechat quando estreou o "Jornal da Band", iniciou assim: "O Jornal da Band está terminando". Rarará!

E as medalhas? Ganhamos ouro em porrada! Judoca maravilhosa do Piauí! E ela tem cara de fofa! E o Thiago da natação: prata. Começou o faqueiro. Rarará! E Brasil x Belarus?! O Neymar soltou a franja! O pica-pau tava com a macaca! E a abertura da Olimpíada?

A cena bombástica que vai ficar pra história: a Rainha saltando de paraquedas com James Bond. Diz que no Rio 2016 a Dilma vai saltar de paraquedas com o Capitão Nascimento. "Naaascimento! Puxa a cordinha, porra!". Rarará! E a Rainha tá a cara da Palmirinha! Palmirinha com diamantes! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!

E reviravolta no mundo animal! O Bambi comeu o Urubu! Rarará! O meu São Paulo ganhou do Barmengo. Outra reviravolta no mundo animal: o urubu ficou de quatro. Rarará!

E como disse uma menina no meu Twitter: "O Flamengo tá como a Carminha: ferrada e sem saída". Rarará!

E o Facebook da Carminha: "Não sei vocês, mas eu tive uma semana péssima!". Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
simao@uol.com.br
@jose_simao

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O escândalo implodiu o núcleo duro do PT

Mensalão: como o escândalo implodiu o núcleo duro do PT

Eles ocupavam os mais importantes postos de comando no governo Lula, no Congresso e no Partido dos Trabalhadores. Hoje estão no banco dos réus

Carolina Freitas, Gabriel Castro, Tatiana Santiago e Thais Arbex
José Dirceu, Professor Luizinho, José Genoíno e Luiz Gushiken
Quatro dos 38 réus do mensalão: José Genoíno, Professor Luizinho, José Dirceu e Luiz Gushiken (Ana Araujo e AE)
A descoberta em 2005 do mensalão revelou o maior caso de corrupção da história recente do Brasil e fulminou o núcleo duro do governo do PT. Homens de confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes com livre acesso ao Palácio do Planalto, viram ruir suas carreiras na política e hoje estão no banco dos réus. O site de VEJA investigou como e onde estão os oito dos réus do mensalão que mais gozavam de prestígio junto a Lula e ao PT antes de o esquema vir à tona. São eles os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken; os então dirigentes do PT José Genoíno, Delúbio Soares e Silvio Pereira; e os deputados João Paulo Cunha, Professor Luizinho e Paulo Rocha.
 
Com exceção de Silvio Pereira, o Silvinho, os demais estão entre os 38 que serão julgados a partir desta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, peculato - quando um funcionário público usa de seu cargo para obter vantagem - e formação de quadrilha. À exceção de Delúbio, que estrelou um ato em sua homenagem organizado por “simpatizantes” na última semana, os outros réus têm mantido uma rotina de reclusão às vésperas do julgamento. Em alguns casos, como o de Genoíno, até o advogado do réu foi orientado a evitar entrevistas.
 

Em meio ao lodaçal, há quem tente se reerguer por meio das eleições. É o caso do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha - único dos réus do mensalão a disputar o pleito de outubro. Ele deixará de acompanhar o julgamento em Brasília para cuidar de sua campanha a prefeito de Osasco, na Grande São Paulo. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), João Paulo recebeu propina para beneficiar as empresas de Marcos Valério e desviou recursos de um contrato da Câmara dos Deputados. Ele responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Ainda assim, escapou de ter o mandato cassado na Câmara e reelegeu-se deputado em 2006. 
 
A eleição de João Paulo é uma das prioridades do PT de São Paulo. O partido está no poder em Osasco há sete anos. E o mensaleiro conta com farto apoio: uma coligação com vinte partidos e a adesão de 300 dos 370 candidatos a vereador na cidade. “Existe um clima de tensão no ar”, admite um petista influente do ABC paulista. “O resultado do julgamento interfere diretamente na eleição de Osasco”, diz. Esses e outros prognósticos sobre a política local são tratados em frequentes reuniões de João Paulo com correligionários em uma sala secreta do restaurante da família de Silvio Pereira, outro ex-poderoso do mensalão, em Osasco.
 
Silvinho, como ficou conhecido, teve seu nome excluído da Ação Penal 470, que trata do mensalão, depois de firmar um acordo com a Justiça, de prestação de serviços comunitários. Ele foi acusado de coordenar a distribuição de cargos públicos no governo Lula e de receber propina de uma empresa que tinha contratos com a Petrobras. Um dos presentes recebidos por Silvio Pereira foi um jipe Land Rover. Após deixar o PT em 2005, Silvinho fez um ano de curso de culinária e passou a elaborar pratos para o restaurante de sua família, o Tia Lela. 
 
Tatiana Santiago/VEJA
“Ele não trabalha aqui, só aparece esporadicamente”, disse um funcionário do estabelecimento à reportagem. O comerciante Ademir Pereira, irmão de Silvinho, afirmou que o ex-secretário-geral do PT está viajando e não tem data para voltar. “O acordo que Silvio firmou com a Justiça não imprime culpa. Ele não confessou o crime”, disse o advogado de Silvinho, Gustavo Badaró. “Silvio fez o acordo para ter menos dor de cabeça.”
 
Também na Grande São Paulo, em Santo André, outro mensaleiro participa da campanha eleitoral - mas restringe sua atuação aos bastidores. Trata-se de Luiz Carlos da Silva, conhecido como Professor Luizinho, ex-líder do governo na Câmara, que responde pelo crime de lavagem de dinheiro por ter recebido 20 000 reais do valerioduto. Luizinho escapou da cassação; tentou, sem sucesso, a reeleição em 2006; e falhou ao tentar uma cadeira de vereador em Santo André em 2008. Hoje atua como consultor, comprou terras na Bahia e participa da campanha de Carlos Grana, candidato do PT a prefeito de Santo André. 
 
“A denúncia do mensalão acabou politicamente com Luizinho. Agora ele está lá, com a vidinha dele”, disse ao site de VEJA um importante petista do ABC. A defesa do ex-deputado alega que o dinheiro referido no processo foi sacado por um assessor de Luizinho sem o seu conhecimento e repassado ao PT para pagar dívidas da campanha de 2004. 
 
Na antessala do presidente - Número 2 da República no governo Lula, José Dirceu foi classificado pelo MPF como chefe da quadrilha que arquitetou e operou o mensalão. O ex-ministro da Casa Civil é um dos petistas que mais manteve sua influência, mesmo que agindo nas sombras. Hoje, atua como consultor e utiliza sua influência em Brasília para garimpar informações sobre a administração federal, matéria-prima de sua bem-sucedida carreira no mundo dos negócios. Na ação do mensalão, responde por corrupção ativa e formação de quadrilha.
 
“O MPF pede a condenação de José Dirceu com base no ouviu dizer”, contesta José Luís Oliveira Lima, advogado do ex-ministro. “Não existiu o que uma parcela da opinião pública chamou de mensalão. As afirmações apresentadas por Roberto Jefferson (delator do esquema) não encontram respaldo no que foi produzido nos autos.” Dirceu vive em São Paulo e divide seus dias entre a capital e a cidade de Vinhedo, no interior. Ele não irá à Brasília para o julgamento, por orientação de seu defensor. 
 
Na outra ponta, está o ex-secretário de Comunicação Luiz Gushiken. Na época do escândalo, ele foi apeado do posto e continuou no governo como assessor especial de Lula. Em 2006, pediu demissão do governo e abriu uma consultoria. Atualmente, enfrenta um câncer em estágio avançado e pouco sai da casa onde vive em Indaiatuba, interior de São Paulo. Acusado de peculato, figura na lista de réus por ter pressionado o Banco do Brasil a liberar mais de 70 milhões de reais para o grupo do publicitário Marcos Valério. 
 
O advogado do ex-ministro, José Roberto Leal de Carvalho, argumenta que o petista se tornou réu por razões políticas. Em suas alegações finais, o MPF pediu a absolvição de Gushiken por falta de provas. O advogado nem mesmo informou oficialmente à Justiça sobre a situação frágil de saúde de seu cliente: “Ele não quer favor nenhum." 
 
Cúpula petista - A crise política desencadeada pela descoberta do mensalão em 2005 dinamitou também o comando do Partido dos Trabalhadores - até ali autopropalado o partido da ética. O então presidente nacional da legenda, José Genoino, caiu no ostracismo. Depois de ser derrotado na eleição para deputado federal em 2010, trabalha como assessor especial do Ministério da Defesa, com salário de 9 000 reais. Evita a imprensa e não aceita falar sobre o mensalão. 
 
Ele é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. De acordo com a denúncia, como presidente do partido, Genoino avalizou formalmente empréstimos simulados pelo núcleo de Marcos Valério e pelo PT com o Banco Rural e BMG. Nesses dias que antecedem o julgamento, o advogado do petista, Luiz Fernando Pacheco, deixou de atender o telefone. Ele sustenta a tese que o Genoino não tinha conhecimento do esquema, que teria sido montado unicamente pelo tesoureiro da legenda à época, Delúbio Soares.
 
Delúbio, por surpreendente que pareça, tem vivido dias de glória na última semana, em eventos em sua homenagem - uma tentativa de apagar os malfeitos que sujaram a história do PT para sempre. Ele dedicou os últimos anos a fazer palestras em que jura não ter feito "nada além de caixa dois". Foi reincorporado ao partido em 2011. Nos eventos que organiza, em sindicatos e diretórios do PT, distribui um encarte de oitenta páginas com sua defesa. A tiragem é de 2.000 exemplares. 
 
O petista afirma que o valerioduto era um esquema de financiamento de campanha com "recursos não-contabilizados", sem relação com a cooptação de deputados. E ainda tenta criar o conceito de caixa dois diferenciado: "Não era o caixa dois clássico do Brasil, que é um dinheiro sem origem que paga despesa sem origem", tentou explicar na semana passada. 
 
Líder do PT na Câmara em 2005, o paraense Paulo Rocha renunciou ao mandato para escapar da cassação e elegeu-se deputado federal no ano seguinte. Em 2010, tentou o Senado, sem sucesso. Hoje é presidente de honra do diretório estadual do PT do Pará e trabalha na reestruturação da regional. Paulo Rocha alimenta a expectativa de concorrer nas eleições de 2014.
 
Ele responde por lavagem de dinheiro, por ter recebido 820 000 reais do valerioduto. Segundo a denúncia, o dinheiro foi usado em favor dos diretórios do PT e do PSB no Pará. A defesa de Paulo Rocha afirma, no entanto, que ele não obteve benefício do dinheiro sacado, destinado ao pagamento de dívidas de campanha. “Se Paulo Rocha for condenado, tem de fechar o Supremo”, afirma o advogado do ex-deputado, João dos Santos Gomes Filho, afeito a frases de efeito. “O mensalão é uma ficção.” 
 
Gomes Filho se diz confiante na absolvição dos réus, ainda que à revelia de parte da sociedade que espera pelo fim da impunidade a políticos. “Não tenho dúvida nenhuma de que Paulo vai sair do tribunal absolvido, abraçado comigo. Eu vou tomar um porre com ele porque eu sou filho de Deus. Vai haver uma lavagem de biografias no Supremo.”
 
Os brasileiros esperam, na verdade, que a limpeza se dê na história política do país - maculada por esse entre tantos casos de corrupção.

Lula, Dirceu e a "farsa"




BRASÍLIA - A CPI havia confirmado as denúncias feitas à Folha semanas antes por Roberto Jefferson quando, em agosto de 2005, Lula entrou em rede nacional de TV e disse que o governo e o PT tinham de "pedir desculpas": "Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis, das quais não tive conhecimento".
Em entrevista na virada daquele ano, o presidente reiterou que havia levado uma "facada nas costas". O partido cometera "um erro de gravidade incomensurável" e precisaria "sangrar muito para poder se colocar diante da sociedade outra vez com credibilidade".

Àquela altura, o PT já tinha sido submetido a uma temporada de purgação. Associada ao esquema ilegal de financiamento, sua direção caíra inteira. Interessado em se desgarrar do escândalo, Lula estimulou o ato público de contrição.

O mensalão só passou a ser "desconstruído" depois que a imprensa desmontou a versão do presidente, revelando que ele, se não tinha pessoalmente autorizado as reinações do tesoureiro Delúbio Soares, havia sido alertado sobre elas muito antes da entrevista-bomba de Jefferson. Virou "farsa" e "tentativa de golpe" apenas quando Lula conseguiu reagrupar apoio político.

Em 2010, quando, em resposta ao Ministério Público, ele finalmente abandonou o discurso do "eu não sabia", a máquina federal já rodava forte para blindar o presidente.

A PF tinha pisado no freio. Os saques nas contas do PT irrigadas pelo valerioduto não foram rastreados. O inquérito que comprovou o desvio de dinheiro público mal andava. Só seria concluído no ano seguinte, à revelia, custando uma "geladeira" ao delegado responsável -advertido, curiosamente, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que, na época de deputado, adorava criticar o PT mensaleiro.

Réu mais célebre do mensalão, o ex-ministro José Dirceu em boa medida paga o pato pelo ex-chefe.

domingo, 29 de julho de 2012

Cuidado ministro

Por Reinaldo Azevedo

 

Toffoli tem de declarar a própria suspeição se não quer ser visto como suspeito. Ou: Cuidado, ministro! Lula ficará com as glórias; ao senhor, pode sobrar só o opróbrio! É peso demais para um homem ainda jovem!


Dias Toffoli: sua única decisão razoável é não participar do julgamento

Tem início na quinta-feira aquele que é, sem dúvida, o julgamento mais importante da história do Supremo Tribunal Federal. Em muitos aspectos, e voltarei ao tema em outros posts ao longo da semana, ele vai determinar que país teremos e quais métodos e instrumentos são e não são aceitáveis na luta política. Uma das figuras que chamam atenção nessa história é José Antonio Dias Toffoli, 45 anos, o mais jovem membro do STF. Se não mudar de ideia, tem mais longos 25 anos na Casa. Fui, e não é segredo pra ninguém, um crítico severo de sua indicação. Expus os meus motivos, e meus critérios não mudaram.

Lembro, no entanto, que já elogiei seus votos aqui mais de uma vez. E, obviamente, também não me arrependo. Para elogiar ou para criticar, baseava-me em fundamentos do estado democrático e de direito. Está tudo em arquivo. Já nos falamos ao telefone umas três ou quatro vezes, acho. Uma conversa lhana, amistosa, sem qualquer sombra de ressentimento por parte dele. Um bom sinal. Toffoli está, no entanto, prestes a fazer uma grande bobagem com a sua biografia. “Mas isso é problema dele, Reinaldo!” No que concerne à sua vida e à sua carreira, é mesmo, e eu não me atreverei a ser seu conselheiro. Só que a sua trajetória pessoal se enlaça, desta feita, à do país.

Não dá! O ministro já foi advogado do PT, assessor de José Dirceu e sócio de um escritório de advocacia que defendeu três mensaleiros. Caso não se declare suspeito para participar do julgamento, uma questão surge no meio jurídico brasileiro: o que é necessário, então, para caracterizar a suspeição? Existe a possibilidade de que, a despeito desses vínculos todos, ele surpreenda e condene os réus? Sempre há. Mas não há quem acredite nisso. E por motivos, eis a questão, que nada têm a ver com a qualidade da peças acusatória e de defesa.

“Mas ele tem necessariamente de condenar para provar sua independência, Reinaldo? Quer dizer que esse julgamento só pode ter um resultado?” Eis duas excelentes questões. O corpo de jurados não pode ter vínculos de qualquer natureza com os réus justamente para que não se duvide da natureza da decisão de cada um de seus membros. Toffoli sabe muito bem que, fosse num caso em que os réus vão a júri popular, seu nome seria de pronto recusado. Se não poderia, pois, dados os fatos, integrar um corpo de jurados saído da sociedade, por que pode, então, compor esse grupo especialíssimo? Minha pergunta não é meramente retórica. Gostaria mesmo de saber qual seria sua resposta.

"Vaticano em dores do parto"

 
Vaticano em dores de parto
José Maria Vasconcelos, cronista, josemaria001@hotmail.com

A Bíblia é uma fonte inesgotável de inspiração, inclusive artística. Olhe só a bela metáfora extraída da epístola de Paulo (capítulo 8) dirigida aos cristãos de Corinto:"...a criação fica sujeita a vaidades e ambições, porém alimenta-se da esperança de ser libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Nesta busca, toda a criação geme, em dores de parto..."
No Vaticano, trava-se uma guerra surda, imunda, cujos petardos envolvem corrupção, disputa de poder, fraudes, sigilos revelados, traição, crise de autoridade. Não se trata de uma guerra de adversários da Igreja. É Igreja dentro da Igreja.
Frade capuchinho, dono de imensa cultura, fala vários idiomas, reside em Roma. Frequentemente, envia notícias, desta vez não muito frescas: "Vejo, preocupante, a situação hodierna da Igreja. Por isso, me sentiria omisso, se nada dissesse, pelo simples fato de responsabilidade cristã na ação eclesiástica... Frise-se, eu não sou um contestador dissidente." O frade pede que envie as informações, bastante divulgadas na Europa, a amigos sacerdotes, bispos, sem alarde. Afinal, qual a instituição humana livre de escândalos e embaraços? Ademais, naturais conflitos não alteram o fervor do rebanho de Cristo, um gigantesco exército de herois a serviço do bem, nas paróquias e dioceses mundo afora. Inimigos da fé se aproveitam de vexames para tripudiar nas fragilidades humanas.
As dores de parto a que apóstolo Paulo se refere é a eterna luta das pessoas de bem contra a influência má do maligno, na forma de soberba, desunião, corrupção, fuxicaria, ambição, disputa desenfreada de poder, especialmente quando rola dinheiro e prestígio. Nem na comunidade de doze apóstolos, houve unanimidade moral. "Satanás tomou posse de Judas" (João, 13, 27), ladrão das ofertas e traidor (João, cap. 12).
O Vaticano é um mini país do tamanho do Maracanã, estrutura rígida e conservadora, dirigida por 43 autoridades e o Papa. Fácil imaginar o tamanho das tensões entre cardeais, ao ponto de o Papa, em fevereiro de 2010, pedir-lhes, em público, que evitem dissensões. Ainda se referiu à "sporcizia"(imundície) dentro da Igreja. Na época, o cardeal D. Tarcísio Bertoni, secretário de Estado, por não ser carreirista diplomata, sofreu perseguição até ser afastado. Acrescentem-se à crise do Vaticano outros escândalos e milionárias indenizações, em vários países, bem como o avanço dos evangélicos.
O Banco do Vaticano associou-se, na década de 70, ao Banco Ambrosiano de Milão, onde pipocaram escândalos. Cardeais e ordens religiosas são acusados de operações fraudulentas, "por enquanto, não falo para não entristecer o Papa", segundo o diretor do Banco, Gothi Tedeschi, afastado e respondendo a inquérito.
Cartas particulares do Vaticano, entre cardeais e o Papa, foram surrupiadas e publicadas na imprensa. Um bispo e um cardeal já estão presos em domicílio familiar.
Nas finanças, é difícil o controle do Papa. Devido a rombos, ele nomeou o arcebispo D. Carlo, que enxugou as finanças e denunciou culpados. Demorou pouco, criando ferozes inimigos, que lhe ofereceram um "prêmio": nomearam-no núncio apostólico nos EUA.
Da imagem dura de cardeal alemão, o Papa Bento XVI transformou-se em cordeiro amável ao peso dos anos e das fadigas do cargo, uma missão exigente e dolorosa como as dores de parto. As dores de parto, na história humana, são acompanhadas de esperança no sorriso de um novo e robusto rebento.

A vitória de Sarah






A vitória da judoca piauiense é uma vitória do indivíduo. Não é a vitória de um Estado. Não. Até porque Sarah venceu apesar de morar nesse estado que nada faz pelo esporte.

É claro que os sentimentos ufanistas brotam aos borbotões. É o Piauí com a medalha de ouro. Políticos, principalmente, vão querer pegar carona nessa conquista histórica.Vão tentar ser "sócios" dessa história vitoriosa.

A pequena-grande Sarah é um exemplo de superação e glória. Entrou para história pela sua força de atleta determinada e persistente.

Sarah promete novas conquistas. A vitória de Sarah é de Sarah. A medalha de ouro só cabe no peito dela, individualmente.

Senador petista aponta pilantragem da Carta Capital

Por Reinaldo Azevedo

 

Até senador petista aponta a pilantragem a que deu curso a revista de Mino Carta e a tentativa de interferência no julgamento dos mensaleiros

Santo Deus!

A Carta Capital, Mino Carta e aquela gente asquerosa da Internet financiada por dinheiro público, desta feita, exageraram na farsa. A revista conferiu ares de coisa séria a uma lista obviamente falsa, que traz nomes de pessoas que teriam recebido dinheiro do chamado “mensalão de Minas”. O bandido que fez o trabalho sujo tentou conferir verossimilhança à picaretagem incluindo até o nome de um petista. E escolheu o senador Delcídio Amaral (MS), que é do partido, mas não pertence, digamos, ao núcleo da sigla envolvida com a sujeira dos mensaleiros. Na verdade, ele presidiu a CPMI do Correios, e muita gente do seu partido considera que não agiu direito: teria sido imparcial demais…

Como sabem, um dos acusados de terem recebido dinheiro é ninguém menos do que Gilmar Mendes, hoje ministro do STF. O “documento” é datado de 28 de março de 1999. Junto ao nome de Mendes, aparece a sigla “AGU” (Advocacia Geral da União). É coisa de bandido, sim, mas de bandido vagabundo. Nem teve a preocupação de fazer uma pesquisa no Google. Mendes só foi nomeado para a AGU em janeiro de 2000. Em março de 1999, era subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

É mais um esforço da bandidagem para tirar o ministro do julgamento do mensalão. Já haviam tentado passar essa sujeira para a imprensa séria. Ninguém deu crédito, claro! Mino não teve dúvida: transformou a farsa em capa de revista e ainda escreveu um daqueles editoriais furibundos a respeito. E os blogs sujos completaram o serviço. E, vocês sabem, “serviço compreto é mais caro”…

Pois bem. Delcídio, o senador petista, divulgou uma nota, reproduzida no site do Senado. Denuncia a farsa e acusa o óbvio: tentativa canhestra de interferir no julgamento do mensalão. Como se vê, o esquema não perdoa ninguém. Até gente do próprio partido pode cair na rede de difamação caso não se comporte direitinho….

 Leiam a nota do senador petista:

Em relação à matéria publicada na edição 708 da revista Carta Capital, onde meu nome é levianamente citado como suposto beneficiário de pagamentos efetuados há 14 anos, em Minas Gerais, esclareço, indignado, o seguinte:

1 – A reportagem se baseia em “documento” de um suposto esquema de caixa 2 que teria ocorrido na campanha eleitoral de 1998, época em que eu não desenvolvia nenhuma atividade político-partidária, nem em Minas Gerais nem em qualquer outro lugar do país. Disputei o primeiro cargo público em 2002, quando, com muito orgulho, me tornei o primeiro senador eleito pelo Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul.

2 – Se essa “suposta” lista fosse verdadeira, seguramente teria sido utilizada durante a CPMI dos Correios, até para desqualificar os seus integrantes. O próprio advogado do acusado a quem a revista atribui a elaboração do abominável documento nega, com veemência, que seu cliente seja o responsável pelo mesmo, atribuindo sua autoria a um conhecido psicopata e estelionatário, recorrente em fraudes diversas em Minas Gerais, que já foi preso e continua respondendo criminalmente por esses mesmos motivos.

3 – Orgulha-me, e não poderia ser diferente, a imparcialidade, a isenção, o equilíbrio e a serenidade que Deus me concedeu para presidir a CPMI dos Correios, fato que incomodou e, ao que parece, ainda incomoda, muita gente em diferentes pontos do país.

4 – É estranho – ou talvez não — que a reportagem seja publicada justamente às vésperas do julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal, o que, para mim, demonstra o inequívoco propósito diversionista de suas intenções, subestimando a inteligência do povo brasileiro.

5 – Aos patrocinadores desse malfadado “documento”, que lembram a famigerada “Lista de Furnas”, outra desastrada trama engendrada por quem tenta confundir a opinião pública em benefício próprio, deixo um conselho: se os fatos apurados pela CPMI dos Correios lhes açoitam, tomem banho de sal grosso!

6 – Estou tomando as providências jurídicas que o caso requer, não só em relação aos autores dos “documentos” e também à revista, mas, eventualmente, às suas indevidas repercussões.
Campo Grande (MS) , 28 de julho de 2012
Delcídio do Amaral Senador (PT/MS)

sábado, 28 de julho de 2012

As chances de Herculano





Era 1996. Um ano como qualquer outro. A paroquial São Raimundo vivia sua vidinha de sempre. Não sabia, porém, que naquele ano um fato político iria abrir uma janela para uma ideia que se perpetua até hoje.

A ideia, na verdade, era um homem. Um padre, de nome Herculano, que havia chegado à cidade por volta de 1992, de onde ele havia saído há muito tempo para se ordenar. Com um discurso político fervoroso – misto de ataques a problemas políticos e estruturais, em concurso com o apelo religioso –, projetou-se como uma via de acesso a outra São Raimundo possível.
A sua primeira campanha política disputada foi feita com apelos messiânicos e uma impressionante adesão sistemática de jovens. Um novo horizonte político começou a ser forjado. Uma revolução. À época, a cidade passava também por algumas mudanças comportamentais.

O reggae, estilo de música ligado à rebeldia, com um forte traço de libertação, foi o ritmo que embalou parte daquela juventude, que ansiava por mudanças. Estava, então, preparada a ruptura. Era hora de romper um modelo fadigado, que tanto comprometia o presente da cidade como anunciava o assalto ao futuro.

As famílias Macedo e Castro, rivais e, às vezes , aliadas ao Grupo Ferreira, revezavam-se no poder desde os tempos mais remotos. Não havia ali, em tese, possibilidade de rompimento dessa hegemonia.

Herculano veio, viu e venceu – derrotou o candidato Isaías, médico escolhido pelos Ferreira. O dia da vitória foi tão marcante que até hoje ainda é revivido com nostalgia e emoção por quem o presenciou. Ali iniciava uma trajetória longa de homem público que, gostem ou não, marcou definitivamente a história política da cidade.

Os anos se passaram. Herculano perdeu a reeleição em 2000, para Avelar Ferreira. Depois concorreu de novo, em 2004, após assumir a campanha já no final. Nova derrota. Em 2008, voltou e, novamente, venceu, pela segunda vez, um candidato ligado ao grupo Ferreira.

Há quem aponte avanços nas duas vezes que Padre Herculano geriu São Raimundo. Na atual gestão, por exemplo, há elogios referente ao aumento da arrecadação, à renegociação de dívidas milionárias contraídas em governos passados, à organização do trânsito, que tornava o centro da cidade num caos sem precedentes e no compromisso com o pagamento de fornecedores, artigo de luxo na região.

De outra banda, há críticas ferozes vertidas pelo meio político e social. Centralizador, com pouca habilidade para criar as condições políticas necessárias para tocar um projeto político duradouro, sisudo e influenciável por aproveitadores. Além disso, não costuma criar, após eleito, um liame, uma ponte entre ele e o povo. Prefere o ambiente de gabinete, burocrático, que acaba por afugentar grande parcela da poupulação e dos que ajudaram a criar as condições de sua eleição.

Nos últimos meses do mandato, vereadores opositores abriram uma CPI para investigar denúncias sobre gestão na saúde do município, além de ter sido bastante criticado por conta da realização de uma polêmica licitação sobre o esgotamento sanitário, que está em curso.

Herculano parte para sua quinta eleição em São Raimundo. Vai sem um leque partidário para lhe dar suporte. Com chapa pura - PT e PT -, e com problemas judiciais a serem resolvidos, Negreiros vai para mais um desafio na sua vida política e, talvez, o último.

Há o desgaste natural. Há o isolamento.Há dificuldade de toda ordem. Os desafios estão postos. As cartas, na mesa. O futuro, como diz o batido ditado, a Deus pertence.

Só resta esperar se ainda há saída. Se é possível "converter" e arrebanhar eleitores para sua causa, causa esta que provocou, há quase vinte anos ,uma ruptura, um hiato na tacanha vida política de São Raimundo Nonato e fez um rebuliço que, de certa forma, dura até hoje.
O ciclo está chegando ao fim? Só os três meses vindouros vão responder. A ideia pode estar se apagando ou pode estar se renovando. A conferir.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Carta Capital é uma gigante...


Mensaleiros em ação – Gilmar Mendes: “Pensei que eles fossem me acusar de ter matado Celso Daniel…” Ou: Atenção, ministros do STF: A quadrilha os está chantageando! Ou vocês fazem o que ela quer ou ela promete difamá-los

O jogo é pesado! Aquele negócio que se confunde com imprensa e que hoje atua a serviço do petismo, do governismo e dos mensaleiros perdeu a noção de qualquer limite. Nadando na dinheirama de governos petistas e das estatais e certa da impunidade — apostando, de resto, na lentidão da Justiça —, essa gente publica qualquer coisa, o que lhe der na telha, o que o chefe mandar.
A Carta Capital, comandada pelo notório Mino Carta, cuja independência é conhecida, certo? — resolveu anunciar a existência de uma suposta lista de beneficiários do chamado “mensalão mineiro”. Nela estariam o ministro Gilmar Mendes (claro!), a Abril (por que não? Duas parcelas de R$ 49,5 mil!!!), ministros de FHC e o próprio ex-presidente.

É estupefaciente! Há indícios de que o papelório foi forjado pela mesma quadrilha que falsificou a lista de Furnas. Saibam os senhores: bandidos estavam tentando emplacar essa nojeira na imprensa séria faz algum tempo. Todos sentiram o cheiro da farsa e caíram fora. Menos a “Carta Capital”, que, afinal, tem uma missão. Exatamente porque conhece o cheiro da farsa.

O jogo é conhecido. A revista lança a porcaria,  a rede suja na Internet, igualmente financiada por dinheiro público, encarrega-se de pôr a coisa pra circular, a difamação se espalha, gera movimento e, depois, ninguém mais fala do assunto. Trata-se de um último esforço para tentar tirar Mendes do julgamento do mensalão.

Eu não sei qual será o voto do ministro. Só ele sabe. Se Zé Dirceu tem motivos para temê-lo — daí o esforço para tirar o ministro do julgamento —, não deve ser diferente com Marcos Valério, certo? Nessa perspectiva, ele próprio poderia desejar o mesmo. Não obstante, sua defesa divulgou uma nota, que reproduzo abaixo. Volto em seguida:

NOTA À IMPRENSA
 
A defesa de Marcos Valério Fernandes de Souza manifesta sua perplexidade com o teor de matéria publicada nesta data pela Revista Carta Capital. Trata-se, lamentavelmente, de reportagem baseada em documentos e informações falsas. Ao que tudo indica, documentos provavelmente produzidos por pessoa notoriamente conhecida por seu envolvimento em fraudes diversas em Minas Gerais, que recentemente esteve preso acusado de estelionato e que, inclusive, seria beneficiado, de forma no mínimo curiosa, no próprio documento falsificado.

A defesa de Marcos Valério reitera seu respeito e confiança no Poder Judiciário, especialmente no Supremo Tribunal Federal, manifestando seu repúdio a qualquer dúvida que seja levantada sobre a credibilidade, a capacidade jurídica e a imparcialidade do Ministro Gilmar Mendes. Trata-se de magistrado que exerce suas funções de forma exemplar, dignificando seu exercício no Pretório Excelso.

Repita-se: a matéria baseia-se em documentos e informações falsas, cujo teor são veementemente rechaçados por Marcos Valério Fernandes de Souza. Os dois documentos constantes da publicação não foram produzidos ou assinados pelo mesmo, parecendo ser mais uma montagem do conhecido falsário.
Marcos Valério aguarda, com serenidade, o início do julgamento da Ação Penal nº 470 pelo Supremo Tribunal Federal.

Belo Horizonte, 27 de julho de 2012
Marcelo Leonardo
Advogado Criminalista e defensor de Marcos Valério

Voltei
 
O curioso é que a lista reproduzida na revista não traz o nome do ministro, apresente só na peça difamatória que circula na Internet. Até onde essa gente pode ir, alimentada com dinheiro público? Eis uma boa questão. Falei há pouco com o ministro. Não resta outra reação que não a ironia:
 
“Nossa! Que coisa! Cheguei a pensar que eles fossem me acusar de ter matado o prefeito Celso Daniel… Mas acho que eles sabem que não fui eu, como sabem que essa lista é uma farsa, coisa de bandidos!”

STF refém
 
A quadrilha que faz essas coisas está mandando um recado aos ministros do Supremo: aqueles que não votarem “direitinho” poderão ser vítimas da rede de difamação. E, como a gente vê, eles não distinguem verdade de mentira.
Que coisa asquerosa!

Esse mercado deve operar mais ou menos com a lógica vigente no submundo dos matadores de aluguel, cangaceiros e pistoleiros. A depender do serviço, sobe o preço. Tudo bem! O dinheiro público dá conta do recado. É um saco sem fundo. Tudo vale a pena se a grana não é pequena.

De resto, havendo uma condenação na Justiça, tem quem paga: nós!
Por Reinaldo Azevedo

"O Braxil é muito xuperior".

Ueba! Dilmão em Londres!
Publicidade

José Simão - Folha de São Paulo


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Londres Urgente! Gafe olímpica: trocaram as bandeiras das Coreias! Londres botou a bandeira da Coreia do Sul no jogo da Coreia do Norte. Entendi, nos jogos do Brasil vão botar a bandeira da Argentina. Rarará! E tocar o hino do Paraguai!

E nos jogos da Argentina vão botar bandeira das Malvinas. E nos jogos de Cuba, bandeira americana.

E tem duas expressões que detesto: "imagina na Copa" e "imagina no Brasil". Antes, tudo que dava errado, os chatos gritavam: "Imagina na Copa!". Agora, tudo que dá errado em Londres, os chatos gritam: "Imagina no Brasil!".

E a Dilma tá em Londres, IMAGINA NO BRASIL! Rarará! Diz que a Dilma chegou gritando: "Conserta esse bagulho do Big Ben que tá atrasado!". E pro Cameron: "Esse Parlamento tá uma bagunça, tudo sujo!". E avisa pra ela não dar tapão nas costas da rainha porque ela tá muito véinha e fofinha! Dilma vai ganhar Ouro em Berro, Prata em Grito e Bronze em Voadora! Rarará!

E adorei o futiba das minas! Brasil x Camarões! As mana comeram camarão. Assassinaram o camarão. Gol! Gol! Gol! Gol! Gol! Bobó de camarão! Acho que as meninas do futebol jogam melhor que os meninos. Porque eles é que usam salto alto! Salto alto, brinco, chapinha, Twitter e Facebook! Rarará!

E o comentarista Romário: "O Braxil é muito xuperior". A Record tá com a Equipe da Língua Plesa: Romário e Marcos Mion! Vai ser um Xuxexo!

E "Avenida Brasil"? Carminha e Nina! O Fla-Flu do Terror! A Mansão Maldita! E a humilhação final: Carminha virou corintiana. Nina obriga Carminha a vestir a camiseta do Timão! Rarará! E como disse uma menina no meu Twitter: "Se a Nina tá fazendo tudo isso com a Carminha, imagina na Copa!" Rarará!

É mole? É mole, mas sobe! Ou como disse aquele outro: é mole, mas trisca pra ver o que acontece!

Ereções 2012! A Galera Medonha! Piada Pronta! Tem um candidato em Goiânia chamado

Cachoeira! E com o slogan "Amizade e Segurança". O Demóstenes que o diga! Rarará! E no Brasil tudo acaba em pizza. Inclusive em Conceição do Almeida, Bahia. Com a candidata: Maria da Pizzaria. Essa vai ser aclamada na Praça dos Três Poderes. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

O que importa é sua Excelência, O Fato

Memórias do Mensalão

 




(Comentário aqui publicado em 28.6.2005)

Eliane Cantanhêde, Folha de S. Paulo
Até aqui, tudo o que tem surgido nas investigações da CPI e da imprensa conferem credibilidade às denúncias do deputado petebista.

Primeiro, Jefferson provocou José Dirceu, conclamando o ministro a cair fora do Planalto. E Dirceu caiu. Depois, Jefferson jogou na fogueira o publicitário Marcos Valério, até então desconhecido da imprensa e do público. E a secretária confirmou.

Simultaneamente, Jefferson falou que eram malas e milhões. E a Coaf (que controla atividades financeiras) comprovou os saques milionários. Por fim, Jefferson falou da tal "salinha" próxima à do presidente. E agora é o próprio Valério quem admite que freqüentava o Planalto.

No escândalo que derrubou Collor, o principal algoz foi seu irmão, confirmado depois por uma secretária e um motorista. No que feriu Pitta de morte, as denúncias vieram da ex-mulher. Na compra de votos para a reeleição de FHC, os "aliados" botaram a boca no trombone.

Ou seja: não adianta desqualificar o denunciante pelo que ele é ou pelas motivações, por mais torpes, que o movem. O que importa é sua excelência, o fato. E são eles, os fatos, que se estão impondo e criando um caminho sem volta para a CPI e para a compreensão de todo o processo.

Comentário na Rádio Cultura FM



O texto abaixo é o comentário feito na Rádio Cultura, hoje. Toda sexta-feira fazemos o comentário político da semana.





Bom dia a todos... hoje eu falo de uma pequena cidade do Piauí chamada São Félix, onde estou a trabalho. Fica a 160 km de Teresina.

Uma cidade organizada. Tudo limpinho. As coisas estão no lugar. A campanha política aqui é morna. Não ouvi, ainda, nenhuma propaganda política em carros de som. Não há radios locais. Aqui tudo é muito calmo.

Soube que por São Raimundo a campanha política também está morna. Sem grandes alterações. Acho que no mês de agosto a coisa pode começar a esquentar. A partir do dia 05, que é o prazo para o julgamento de todos os candidatos, pode se falar em disputa eleitoral.

O deferimento ou indeferimento de alguma candidatura – a do Padre Herculano e a do Avelar Ferreira - podem mexer com os ânimos. Ante disso, fica todos esperando por todos.

Na semana passada, encontrei o Beto Macedo. Mostrou-se animado. E disse que pronto para a luta. Chegou a me dizer que ainda cogita o apoio do prefeito Herculano, caso ele não siga com a candidatura. Ele afirmou que o Governador esteve com o Herculano e alertou que, separado, fica difícil vencer as eleições.

Eu, confesso, não vivencio o dia a dia da campanha em SRN. Não sei se há estratégias sendo montadas ou se a coisa vai andando sem grandes cuidados pelos que disputam a campanha por aí.

O que dá para intuir é o tamanho da dificuldade que terão os candidatos com a carência estampada pela falta de chuva na região. Li uma matéria no portal de Teresina que apontava que a seca na região de Cel José Dias estava influenciando a eleição de lá. Eu imagino que isso deva acontecer em grande parte em SRN. A situação calamitosa. As pessoas estão com grandes dificuldades. Enfim. É um triste retrato.

Agora se querem saber como essa eleição vai ser definida, é necesssário conhecer de perto quem são os eleitores de SRN. Por exemplo: temos o centro da cidade. Temos interior e a periferia, que deve ter um número maciço de votos. Como se comporta, hoje, essa periferia? Esse vai ser um grande diferencial. É isso que, na verdade, define.

Se eu fosse político, eu monitorava isso. Eu teria um raio x dessa situação. Eu vejo as campanhas de SRN sem esse diagnóstico. Não sei o grupo Ferreira, que não tenho contato. Não conheço os bastidores. Mas tenho certeza que os outros grupos não têm nem de perto esse levantamento.

È muito amadorismo. E se tem uma coisa que a política não aceita é amador. Em regra, essa turma entra em euforia por nada. Mas ninguém conhece os intestinos da cidade. Os grotões. O São Raimundo profundo. Ninguém.

Por isso, toda vez que alguém vem com uma análise de que fulano de tal tá bem porque tem o apoio desse ou daquele, eu reflito e concluo: está se enganando. Só acredito em números, em estatística, em pesquisa, o resto é chute.


Após apoiar tucano, irmã de Lula é candidata a vereadora



RODRIGO VARGAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CUIABÁ,


Após servir de "isca" do PSDB nas eleições de 2008 para atrair votos de simpatizantes do ex-presidente Lula em Cuiabá (MT), uma irmã do petista decidiu ser mais do que coadjuvante e se lançou candidata a vereadora pelo PTB.

Ledinalva da Silva Santos, 55, é irmã de Lula por parte de pai. Em 2008, gravou mensagem para a reeleição de Wilson Santos (PSDB), em que comparava o tucano ao irmão. Acabou ganhando um cargo na prefeitura -começou como assessora de gabinete, depois recepcionista.
Natural do Guarujá (SP) e moradora de Cuiabá há mais de 20 anos, Ledinalva -que concorrerá como Lindinalva Silva- diz que nunca teve proximidade com o partido que o irmão ajudou a fundar. "Para mim, o PT é só o Lula."

Ela diz que o irmão já soube de sua candidatura. "Na semana que vem vou a SP e quero visitá-lo para contar minhas propostas."

Enquanto não recebe a bênção do petista, ela se movimenta: contratou assessor, fez santinhos em que faz um "L" com a mão e já entrou no corpo a corpo da campanha.

Nas visitas a eleitores, nunca deixa de mencionar o parentesco. "Quando sabem que sou irmã dele, as pessoas abrem as portas."

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sexo Animal





Um idoso conhecido apenas como Amadeu, 75 anos, foi autuado em flagrante na manhã desta quinta-feira (26) ao tentar ter relações sexuais com uma cadela vira-lata, no bairro São Raimundo, zona Sudeste de Teresina.

De acordo com o soldado Vieira, do Ronda Cidadão, o acusado trabalha como vigia de uma torre de rádio. O flagrante foi feito pelo dono do animal, por volta das 9h30, na Rua Transversal.

"O dono da cadela disse que em outra ocasião, suspeitou que o vigia estava tendo relações com o animal, mas não tinha provas. Dessa vez, ele escutou o choro da cadela e, ao verificar, flagrou o ato e chamou a polícia", contou o soldado ao Cidadeverde.com.

O idoso teria confessado o crime, mas garantiu que foi a primeira vez e que não chegou a consumar a relação. "Ele disse que houve a tentativa, mas que ele não chegou a finalizar o ato. Disse que foi uma fraqueza", resumiu o soldado.

Amadeu foi encaminhado para a Central de Flagrantes, juntamente com duas testemunhas. "Lá na delegacia, eles entraram em acordo e o acusado não ficou preso. Como se trata de um animal, não se configura estupro, apenas maus tratos", explicou o policial militar.

Jordana Cury
redacao@cidadeverde.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ueba! Carminha pro Flamengo!


José Simão - Folha de São paulo

Ueba! Carminha pro Flamengo!

Acabou a farra! Não treinou, enterra vivo. Quero ver enterrar o Adriano. Só se for no buraco do metrô!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta: "Homem ganha na Justiça do Rio direito a prótese peniana, garante o juiz Plínio PINTO".
Dilma nomeou um advogado para os direitos do consumidor: Bruno Miragem!

Manchete do Piauí Herald: "Serra se fantasia de lebre e convida Haddad para uma disputa de rolimã". Haddad aceita, mas só se for no Minhocão do Maluf. Rarará!

O Serra Vampiro com Cólica precisa parar com essa vida louca e desvairada: dança o tchu, veste quimono, cai do skate!

E o Joel Santana? "HÉUP". O Joel Santana virou purê. Foi demitido. Em inglês: "You're fired". "O quê? Eu tô pegando fogo?".

E o Joel Santana filosofando no CornetaFC: "Quando não é pra 'to be', não é pra 'to be'". E o que o Joel Santana vai fazer agora? Tomar uma Pepsi e virar intérprete da seleção em Londres!

Joel Rumo a Londres: "Happy Days! Happy Days! O jogo tá muito morning". Tradução: "Rapidez! Rapidez! O jogo tá muito morno".

E eu sei qual é a nova técnica do Flamengo: Carminha! Acabou a farra! Não treinou, enterra vivo. Quero ver conseguir enterrar o Adriano. Só se for no buraco do metrô! Rarará!

E "Avenida Brasil"? Olha esta: "Tufão deixa cem feridos em Hong Kong". "E eu achando que a Carminha que era ruim", escreveu um amigo no Twitter!

A mania da novela: aquelas imagens congeladas dos atores no final! A novela devia se passar na gôndola dos congelados do Carrefour!

Elenco de Avenida Barraco: Congelados! Aí você pergunta prum atendente: "Ah, por favor, onde eu encontro a Nina?". "Na seção de congelados." Rarará! Avenida dos Congelados!
É mole? É mole, mas sobe!

Ereções 2012! A Galera Medonha! A Turma da Tarja Preta! Candidato direto de Alfenas: Elvis Não Morreu! E a Odete Roitman também não morreu. É candidata em Barueri! A Volta dos Mortos Vivos!

E em Bezerros, Pernambuco: Mikhail Gorbachiov! Esse ainda não morreu! Rarará!

Votem em mim! Pelo PGN! Partido da Genitália Nacional! Prometo abolir a lei da gravidade. Que ainda nos prende ao chão. Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
simao@uol.com.br
@jose_simao

terça-feira, 24 de julho de 2012

Moralidade à martelada



Lílian Martins continua fora do cargo. A moralidade, na Terra Brasilis, vai se assentando, aos poucos. Há uma dificuldade grande nessa terra para fincar a moralidade. É sempre dolorida, a tentativa. Mas, há que se tentar. Ainda que tenha que ser por meio de "marteladas" do judiciário.

O TRF negou a investida da imoralidade. Esperamos que o dique do judiciário represe a tentativa de nos assaltar.

E a moralidade vai se assentando


TRF mantém Lilian Martins fora do cargo no TCE
FALE CONOSCOportalsrn@gmail.com



O Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, manteve a decisão do Piauí que afastou a primeira-dama Lilian Martins do cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O presidente do TRF, desembargador federal Mário César Ribeiro, indeferiu o pedido solicitado pelo Governo do Estado através do procurador Kildere Ronne.

A conselheira Lilian Martins, o governo do Estado e a Assembleia Legislativa recorreram da decisão da justiça federal que suspendeu o ato de nomeação da conselheira do Tribunal de Contas do Estado. A decisão foi da juíza Marina Rocha Cavalcante Barros Mendes, da 5ª vara federal.

O recurso foi impetrado pelo Estado do Piauí, que considerou a decisão da 5ª Vara do Piauí uma grave ofensa à ordem, por interferir em sua autonomia e provocar insegurança jurídica, além de interferir no funcionamento normal do TCE-PI, deixando a corte desfalcada de um membro até o fim do julgamento da ação.

"... a decisão implica em interferência na autonomia do Estado, provoca insegurança jurídica por possibilitar conflito de decisões de órgãos judiciais de entes federativos diversos (Justiça Comum Estadual e Justiça Federal)...".

Os procuradores sustentam ainda que outros conselheiros foram nomeados da mesma forma que Lilian Martins, seguindo a Constituição Estadual e o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.

A ação que tirou a ex-deputada do cargo considera que a Alepi não poderia fazer a nomeação por ser algo que fere a Constituição Federal. No caso, só o governador Wilson Martins poderia fazê-lo. E sendo ele esposo da conselheira, acabaria cometendo nepotismo.

"A decisão atacada não acarreta grave lesão à ordem pública, não se identificando, na espécie, interferência indevida do Poder Judiciário nas atividades de outro Poder", diz o presidente do TRF1 em sua decisão, datada de 23 de julho.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Imagine vocês uma cidade, num lugar qualquer, em que há uma felicidade perene. Nada de corrupção. Bem-estar geral. Todas as famílias vivendo felizes. Nada de arbitrariedade. Nada de desigualdade social.
Tudo está em seu perfeito lugar. Só há um pequeno problema:  o que mantém essa felicidade ampla e irrestrita é a prisão de uma criança num porão escuro. Uma criança com debilidade mental. Uma vez ela livre, toda ideia de felicidade vai pro brejo. O bem-estar dos seus filhos e de toda sua família vai ser abalado, caso ela seja solta. 



Todos são chamados, em assembleia, para votar. Você votaria a favor ou contra a libertação da criança. Você comprometeria para sempre o bem estar de todos em nome da liberdade do infante. Ou manteria a criança no cárcere, a fim de assegurar a felicidade geral. 

E um alerta: não tem meio termo. Ou retira a criança e destrói a felicidade, ou a mantém e todos viveram felizes sempre. 

Essas e outras questões estão nesse magníficio livro de Michael J. Sandel, professor da prestigiada universidade de Harvard. Milhares de alunos assistem suas aulas e leem seus livros. 

É imperdível. Abaixo, uma descrição mais pormenorizada da obra. Se quiserem, eu empresto..rssss.

"Quais São Nossos Deveres para com os outros como pessoas de uma sociedade livre? O governo deve taxar o rico para ajudar o pobre? O livre mercado é justo? Pode ser errado, às vezes, falar a verdade? Matar pode ser moralmente necessário?

 É possível, ou desejável, legislar sobre a moral? Os direitos individuais e o bem comum conflitam entre si? O curso “Justiça” de Michael J.Sandel é um dos mais populares e influentes na Universidade de Harvard. Quase mil alunos aglomeram-se no anfiteatro do campus para ouvir Sandel relacionar as grandes questões da filosofia política aos mais prosaicos assuntos do dia e, neste outono, a rede pública de televisão transmitirá uma série baseada em suas aulas. Justiça oferece aos leitores a mesma jornada empolgante que atrai os alunos de Harvard. 

Este livro é uma exploração investigativa e lírica do significado de justiça que convida os leitores de todas as doutrinas políticas a considerar as controvérsias familiares de maneira nova e iluminada. 

Ação afirmativa, casamento entre pessoas do mesmo sexo, suicídio assistido, aborto, serviço militar, patriotismo e protesto, os limites morais dos mercados — Sandel dramatiza o desafio de meditar sobre esses conflitos e mostra como uma abordagem mais firme da filosofia pode nos ajudar a entender a política, a moralidade e também nossas convicções.

 Justiça tem vida, provoca o raciocínio e é sábio — uma nova e essencial contribuição para a pequena prateleira dos livros que abordam, de forma convincente, as questões mais difíceis da nossa vida cívica."

Lula atua como se, ainda, fosse presidente


O Financial Times publicou hoje um texto em que afirma que Lula ainda atua como se fosse presidente do Brasil. E questiona as credenciais democráticas de um líder que grava um vídeo em apoio à candidatura de Hugo Chávez à Presidência da Venezuela. O marqueteiro que cuida da campanha de reeleição do ditador é João Santana. “Eleição de um ditador, Reinaldo? Enlouqueceu?”

 Não! Esta é a forma do autoritarismo moderno: recorrer às urnas para solapar direitos fundamentais dos indivíduos e da sociedade. Chávez é o presidente de uma país em que não há, por exemplo, imprensa livre. Juízes independentes são perseguidos, e alguns críticos do regime ou estão presos — sob a acusação de violações de leis que não estão relacionadas à política — ou tiveram de se exilar. A quantidade de absurdos que há no vídeo é fenomenal.

A mensagem de Lula é dirigida à turma do Fórum de São Paulo. Durante alguns anos, o Fórum foi o grande ausente da imprensa brasileira. Os únicos dois malucos que tocavam no assunto éramos Olavo de Carvalho (ele primeiro) e eu. Parecia que o grupo era uma invenção nossa, algo saído da nossa cachola. Os narcoguerrilheiros das Farc faziam parte da turma. Quanro Raúl Reyes, um dos terroristas-chefe morreu — naquele ataque que as forças colombianas fizeram em território equaotiriano —, Chávez lamentou a morte do herói e confessou que o conheceu justamente numa reunião do Fórum. A instância, que reúne partidos e grupos de esquerda da América Latina, foi criada por Lula e Fidel Castro.

No vídeo, Lula trata do Fórum como se fosse mesmo uma unidade, um grupo — e é. Diz que, em 1990, quando ele foi criado, ninguém imaginava que iriam chegar aonde chegaram: “Naquela época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos (sic) um grande número de países. Nos países em que somos oposição, inclusive, os partidos do Fórum têm uma influência crescente na vida política e social”. E mistifica: 
“Os governos progressistas estão mudando a face da América Latina. Graças a eles, nosso continente se desenvolve de modo acelerado, com crescimento econômico, criação de empregos, distribuição de renda e inclusão social”.
Nem diga!

A Venezuela caminha célere para o caos econômico e se ancora exclusivamente no petróleo; a Argentina já foi para o vinagre — é questão de tempo (Cristina Kirchner não é do Fórum, mas foi adotada pela turma); as economias de Bolívia e Equador sobrevivem apesar do governo, não por causa dele. A administração supostamente esquerdista do Peru não mexeu uma vírgula no modelo dito “neoliberal” que herdou de Alan Garcia. Estáveis mesmo são a Colômbia e o Chile, que estão fora da influência nefasta do Fórum. Lula, portanto, mente. Continuando na sua enorme vocação para falar bobagem, diz: “Hoje, somos referência internacional de alternativa vitoriosa ao neoliberalismo”. Trata-se de um cretinismo ímpar. “Somos”, quem? 

No essencial, o próprio Lula não alterou aquilo que recebeu — no que mexeu, foi para pior. “Novo modelo” — que é muito velho —, quem testa é Chávez. E é um desastre.
A fala de Lula evolui para o asqueroso. Diz que há muito por fazer na América Latina. No discurso em que começou exaltando a ditadura cubana e em que pede votos para outro tirano, lembrou como exemplos negativos Honduras e Paraguai, os dois países que, dentro da lei e seguindo suas respectivas constituições, depuseram presidentes. Manuel Zelaya tentou dar um golpe bolivariano, insistindo num plebiscito considerado ilegal pela Justiça. Fernando Lugo foi impichado segundo as regras do jogo, o que até ele reconheceu. Sem medo da estupidez, o Babalorixá de Banânia chama as Malvinas de “colônias”.

Deixa, no vídeo, o seu abraço a Hugo Chávez e mente: “Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias”. Avança: “As classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade”. E ainda: “Chávez, conte comigo; conte conosco, do PT; conte com a solidariedade e apoio de cada militante de esquerda, de cada democrata e de cada latino-americano. Tua vitória será a nossa vitória”.

Entenderam agora por que Dilma Rousseff endossar a suspensão do Paraguai do Mercosul e aproveitou a crise para abrigar o tiranete de Caracas? Os “foristas” têm a pretensão de governar toda a América Latina.
Por Reinaldo Azevedo

Uma leitura de Maquiavel por Alexandre Rocha

Lendo a Maquiavel para as eleições municipais


Depois de Maquiavel, a política jamais foi a mesma. Ele a despiu na frente de todos. Para alguns, foi uma visão apetitosa. Para outros, repugnante. Seja como for, ele revelou que todos nós dependemos do leite que escorre dos peitos da mãe política. Por isso, Maquiavel foi considerado um pensador maldito. Mas ele só foi realista.

Faço essa breve reflexão para analisar as eleições municipais que se avizinham. Convido-os a mirar o processo eleitroral de muitos municípios brasileiros, principalmente dos recônditos, com os olhos de Maquiavel. Se se olharmos bem, isto é, se formos realistas, vamos encontrar nessas eleições: promessas, clientelismos e ilusões.

Dessa maneira se passa a cena eleitoral desses dias, segundo uma visão maquiavélica.

Por todos os lados há candidatos com sorrisos largos e eleitores dispostos a receberem tapinhas nas costas. Os candidatos agora tomam cachaça em boteco, caminham pelas ruas, abraçam pessoas, postam mensagens no Facebook. Os eleitores são disputados.

Todavia ao fim das eleições, os candidatos desconhecem os eleitores. As promessas que antes eram certas, agora são remotas. A felicidade dos candidatos ao flertarem os eleitores, agora é uma tentativa de fuga. Tudo voltou ao normal. O eleitor perdeu seu valor. A política voltou à realidade.

Essa é uma análise realista da política. Digo que ela é tão mais verdadeira quanto mais particular é a eleição e quanto menor for a unidade eleitoral. Por causa disso, nas eleições dos pequenos municípios candidatos e eleitores apostam tudo. O que o candidato tiver, oferece. O que o eleitor conseguir, toma.

As eleições municipais são a prova de fogo da política. Por dois motivos. Primero, porque nelas há mais encontros e desencontros entre candidatos e eleitores. Com efeito, as propostas dos candidatos têm de atenderem às necessidades imediatas dos eleitores. Segundo, e como consequência do primeiro, porque nessas eleições se observam com mais frequência o clientelismo.

Qualquer candidato que pretenda ser eleito para um cargo municipal, tem de contar uma boa rede de seguidores, de assessores, de cabos eleitorais, enfim, de clientes. Essas são as pessoas que o candidato já ajudou em alguma ocasião ou prometeu fazer caso eleito. O tamanho e a intensidade dessa rede pode conduzir ao resultado positivo na eleição.

Por mais que um candidato se desdobre percorrendo os quatro cantos de um município, não terá condições de ocupar todos os lugares. Aqui entra o papel da rede de aliados. São eles que levam o nome do candidato aonde ele não pode estar. Eles são olhos, bocas, ouvidos, pernas, mãos dos candidatos. O bom político sabe disso.

Uma vez eleito, é natural e racional que o político premie seus aliados com cargos e favores na administração pública. O eleitor que almeje algum ganho próximo do processo eleitoral tem de estar na rede do político eleito, senão poucas chances terá de receber algum benefício. O eleitor consciente sabe disso.

Daí o clientelismo não é um mal da política. Ele é a regra, sobretudo, nos pequenos municípios. Neles dificilmente há eleições sem clientelismo. Candidatos buscam alianças, fazem promessas, trocam favores, movem a máquina partidária, ou seja, fazem de tudo para fortelecer sua rede. Por sua vez, eleitores mais ativos lutam para entrar formalmente numa dessas redes.

O clientelismo é uma via de mão dupla. O candidato que dispõe de alguma rede, tem recursos de poder. O eleitor que faz parte de alguma rede, pode usufruir desse poder. Nesse jogo, candidatos e eleitores se complementam. Não há necessariamente corrupção, mas cooperação. Assim, a política favorece aos mais organizados.

Para a grande maioria dos eleitores que não são protegidos por alguma rede clientelística, resta os lampejos eleitorais. Aqui as esperancas se restauram, pois o eleitor novamente é notado e tem a chance de obter algum favor ou quem sabe conquistar espaço numa rede. O demais, é só ilusão.

Lendo melhor a Maquiavel poderia acrescentar algo mais, contudo vou parar por aqui antes que me tachem de maldito também.

Estranho acidente mata dissidente cubano

Por Reinaldo Azevedo

Um dos mais importantes dissidentes cubanos morre num estranho acidente de carro

Morreu neste domingo, num acidente de carro, em circunstâncias  estranhas, o dissidente cubano Oswaldo Payá. Em sua página na Internet, lê-se o seguinte comunicado, assinado por Regis Iglezias Ramirez:

“Às 16h deste 22 de julho se confirmou a notícia fatal: a morte do líder do Movimento Cristão Libertação Oswaldo Payá, e de Harold Cepero, líder jovem do MCL. As circunstâncias da morte não estão claras, e todas as hipóteses estão abertas. Pedimos, portanto, à Junta Militar cubana uma investigação transparente e conclamamos todos os amigos solidários com a causa da libertação dos cubanos para se mantenham em alerta, apoiando-nos nesse pedido.

Somos um movimento e seguiremos trabalhando até conseguir alcançar o sonho de Oswaldo e de milhares de cubanos: viver em um país livre.

O MCL agradece as condolências que estão chegando de todo o mundo, de governos, políticos e cidadãos, o que anima o movimento a seguir o trabalho que começou há 20 anos.

São momentos dolorosos para as respectivas famílias de Oswaldo e Harold, e nossas orações e pensamentos estão com eles. São momentos dolorosos para o Movimento Cristão Libertação, mas seguiremos com nosso compromisso e nosso trabalho dentro e fora da ilha, até que a soberania e a liberdade sejam devolvidas ao povo cubano.”

domingo, 22 de julho de 2012

Justiça Eleitoral e seu papel

A Justiça Eleitoral, nos últimos anos, vem desempenhando um papel importante no combate aos desmandos no processo eleitoral. 

A cassação de prefeitos e vereadores, antes tida como exceção, tabu, virou regra. Levantada prova robusta, dificilmente o candidato escapa. No Piauí tem funcionado assim. Nas últimas eleições municipais, 2008, dezenas de prefeitos e vereadores foram defenestrados do cargo. 

Corrupção, abuso de poder político e econômico, infidelidade partídária etc. são os motivos principais. A cassação ainda tem o condão de deixar o político inelegível por, em regra, oito anos - prazo acrescido pela Lei da Ficha Limpa (antes, o prazo da inelegibilidade só era três anos).

Com isso, o processo eleitoral ganhou um pouco de seriedade. Pelo menos, a impunidade desbragada já não campeia tão lépida e célere. Há um certo freio. 

É pouco ainda. A estrutura de fiscalização é precária. Há muita intimidação. E o processo eleitoral ainda carrega vícios aos borbotões. 

O próximo passo, acredito, tem que ser a prisão dos fraudadores. É preciso que eles tenham em mente a possibilidade do encarceramento e da impossibilidade de concorrer para sempre ao cargo público. 

Ou as nossas instituições se organizam para dar um basta nessa bandalheira, ou viveremos nesse estágio de subdesenvolvimento para sempre.