sábado, 13 de outubro de 2012

Eleição de SRN: palavra final





No último texto, avaliei o resultado da eleição municipal. Apontei os erros dos derrotados. Um a um pontuei o que, a meu ver, levou a vitória do grupo Ferreira, consolidando um estilo, uma maneira de se relacionar com o poder.

Comecei a crítica pelo título do texto. Neste - título - aponto, para o bom entendedor, que considero ruim o atual governo. Por isso intitulei assim: “Eleição de SRN: o ruim sempre pode piorar”.

Considero a atual administração ruim. Politicamente, um desastre; administrativamente, ineficiente. Não conseguiu dar uma dinâmica a administração pública nos seus pormenores. E ainda foi acusada pelos meios de comunicação e pela oposição de alguns procedimentos nada republicanos. A saber: licitações fraudulentas, concursos fraudados para atender certos grupos aboletados no poder.

Em outro momento do texto, afirmei que a minha intenção, com a argumentação plasmada na crítica, não era dividir a cidade em eleitores iluminados, os do Beto e eleitores trevosos, os do Avelar. Está lá.

Não. Não se trata disso. Para vocês terem uma idéia, Beto Macedo era apoiado por Wilson Martins, que, para mim, é um dos governos mais irresponsáveis que já passou pelo Estado. Só o fato de ter colocado a mulher, Lílian Martins, como Conselheira do Tribunal de Contas do Estado revela muito sobre a natureza dessa gestão. Fora as denúncias que pipocam por aí de malversação de dinheiro público.

Quanto à expectativa sobre a nova administração de SRN, dizer o quê? A história me é conselheira. Os Tribunais de Contas, as instâncias judiciais, o testemunho de milhares de pessoas, enfim. A expectativa é mais do que baixa. Por isso, enfoquei com todas as letras o que avisto no horizonte político da cidade.

Até as pedras sabem da minha resistência ao modelo político implantado pelo grupo Ferreira. Explanei aqui, aos borbotões, durante anos, a minha opinião. Uma opinião de um cidadão que faz as vezes de jornalista opinativo. Sou e serei um adversário deles. Não me furto a isso.

Oponho-me aos Ferreira como políticos, como agentes públicos, responsáveis por um orçamento imenso, que deve ser canalizado para o bem-comum. Os Ferreira indivíduos, pessoas da vida privada, não me interessam. São irrelevantes. Como devo, também, ser para eles: não devo passar de um idiota que faz uma oposição que não reverte em nada a sua popularidade, afinal são campeões de voto e estão, definitivamente, abraçados com o povo e voltando ao poder - o seu lugar, definitivo, de morada.

Não sei se a vitória de Beto Macedo traria boas novas a São Raimundo. Sei que era, no meu entender, um dever moral da população resistir a um modelo que, há muito tempo, mostra a que veio. Resistir não era só, e somente só, votar em Beto Macedo. No texto anterior, elenco as maneiras pelas quais se podiam dizer um “não” ao vencedor e ao seu estilo.


Só para arrematar: não escrevo para mudar as coisas, convencer pessoas ou oferecer, na minha visão, uma melhor alternativa possível. O que eu coloco aqui, críticas e opiniões, não vai ter a força de uma nova revelação, de mostrar que o grupo político tal é isso e outro é aquilo. Todo mundo está careca de saber. Ninguém precisa esclarecer mais nada. A nossa política é um livro aberto.

Escrevo por paixão. Pelo prazer de manipular substantivos, verbos, advérbios e adjetivos numa sentença só. Escrevo por entender que, sem a escrita, a banalidade da vida me assaltaria e me tornaria pior do que sou.

É isso.


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