terça-feira, 6 de novembro de 2012

Beto Macedo de olho na assembleia?



A eleição municipal é antessala da eleição geral- aquela que escolhe presidente, governadores, deputados federais e senadores.

Na municipal prepara-se o terreno para o “grande ato”, que são as eleições gerais. É hora de fortalecer as “bases”, arar o chão para que os plantadores “colham” a safra. E aí todo mundo já sabe: deputados, senadores e governadores vão buscar a colheita preparada pelos vereadores e prefeitos das nossas pobres cidades.

A moeda de troca – o voto – é o termômetro. Existe até um preço por “carrada”. Até tanto, paga-se tanto. E assim que o mercado negro acontece. O negócio é rentável e serve de meio de vida pra muita gente.

Os candidatos da eleição geral, em regra os que disputam as vagas na assembleia legislativa, câmara e senado, são os interessados. Estipulam os valores e fazem a oferta. E vão à luta.

Em São Raimundo Nonato o uso desse expediente é escancarado. Com pouca representatividade estadual – só temos um deputado natural da cidade – Edson Ferreira –, um magote de candidatos aproxima-se da cidade na época eleitoral e começa a caçar seus apoiadores, a peso de ouro.

Já se tem uma ideia, a partir da votação. É o capital político que vai ser disputado. Portanto, tudo está pronto para a eleição de 2014.

Uma pergunta pode ser feita após a eleição de SRN: a votação de Beto Macedo pode habilitá-lo a disputar uma vaga na assembleia? Teria ele a intenção de fechar um hiato aberto de há muito, qual seja, não se colocar um segundo nome local para disputar uma cadeira na assembleia estadual.

É certo que a votação de Beto Macedo é a soma de algumas forças. São sete mil e poucos votos espalhados entre alguns grupos, que, no final, se colocam à disposição dos compradores e catadores de votos. De qualquer forma, foram depositados na figura dele a segunda maior votação de SRN. E ele pode fazer disso uma catapulta.

Além disso, é sabido que Beto Macedo tem penetração em algumas cidades circunvizinhas. Poderia angariar um punhado de votos para reforçar o seu capital político obtido em SRN. Com essa postura o candidato entraria em votos que vão à toa para candidatos que não têm nenhuma relação com a nossa região. Só aparecem na “boca da noite” para arrematar milhares de votos para somar com os obtidos em outras regiões.

Na política, é preciso muito mais do que iniciar. É preciso permanecer. E só permanece quem ocupa espaço, quem não deixa oportunidades sumirem por conta de uma inação ou letargia. O arrojo e a ousadia formam um político, uma liderança. Sem isso, é como a bananeira costuma fazer: só produz um cacho. E tchau.

Evidente que uma decisão como essa exige coragem, afinal os mercadores de votos já estão engatilhados e querem porque querem a caça pronta e abatida. O laço já deve estar preparado.

Beto pode escolher em servir a um deputado estadual ( que só aparecerá quatro anos depois de obtidos os votos) ou tentar voos mais altos, capazes de projetá-lo como uma liderança que veio para ficar. Ou não.


 

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