Joaquim Barbosa rejeita rótulo de herói e diz que é 'barnabé'
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DE BRASÍLIA
O relator do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal),
ministro Joaquim Barbosa, recusou ontem o título de "herói" e disse ser
apenas um "barnabé" do processo.
Abordado por convidadas na saída da posse do novo presidente do STJ
(Superior Tribunal Justiça), em Brasília, Barbosa disse que é apenas um
"barnabé" (um sujeito comum) do processo.
A expressão foi usada quando o ministro, mesmo escoltado por um pelotão
de seguranças na saída da posse no STJ, foi abordado por duas mulheres
que o chamaram de "nosso herói". Ele reagiu: "Que isso, gente, sou só o
barnabé do processo".
Barnabé tem uso pejorativo para designar funcionário público, principalmente o de nível hierárquico baixo.
Barbosa ainda evitou fazer considerações sobre as questões do
julgamento. Indagado sobre o andamento do processo, porém, disse que
"está tudo indo bem".
Na segunda-feira, ele retoma a leitura de seu voto sobre a parte da
denúncia que trata de gestão fraudulenta e envolve quatro réus ligados
ao Banco Rural.
A tendência é que ele vote pela condenação da dona do Banco Rural, Kátia
Rabello; do ex-vice-presidente da instituição, João Roberto Salgado; do
vice-presidente Vinícius Samarane; e da ex-vice-presidente
Ayanna
Tenório.
O relator afirmou que espera o encerramento do julgamento até o fim do mês.
MAIS AGILIDADE
Também presente à cerimônia, outro julgador do caso, o ministro Marco
Aurélio Mello, cobrou mais rapidez na análise do caso. "Espero que agora
sejamos mais ágeis nos votos a serem proferidos, e tenhamos um
veredicto até o final do mês de setembro."
"A sociedade vem reclamando muito e, evidentemente, quer a entrega da
prestação jurisdicional da decisão", afirmou. E alfinetou os colegas:
"certas discussões devem ser deixadas de lado".
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