(Paula Sholl/Agência PSDB)
Fernando Henrique afirmou ainda que o eleitorado do PT também está menor, e isso não acontece apenas em São Paulo
Ele não faz uma relação direta entre esse "cansaço eleitoral" e a recente queda do candidato tucano José Serra nas pesquisas. O que se percebe, diz ele, "é que o Russomanno subiu. Os outros estão praticamente no mesmo lugar". E quanto a Serra? "Ele já tinha caído antes, mas parou, se estabilizou em outro patamar."
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A avaliação, feita em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ocorre no momento em que tanto FHC quanto a presidente Dilma Rousseff (PT) entram na campanha gravando mensagens
para os respectivos candidatos, Serra e Fernando Haddad. E o fazem
nesse cenário de que fala o ex-presidente, marcado por surpresas para os
dois partidos - pois, na contramão do que ambos esperavam, seus
candidatos estão bem atrás do líder de todas as pesquisas de intenção de
voto, Celso Russomanno (PRB).
Fernando Henrique afirmou ainda que o eleitorado do PT também está
menor, e isso não acontece apenas em São Paulo. "Nas capitais, pelo País
afora, o PSDB está melhor que o PT", afirmou o ex-presidente tucano.
Ele ressaltou que "isso (a fadiga de material do eleitorado) não
assegura nada sobre o que vai acontecer até o dia das eleições". O jogo
importante na eleição paulista, segundo o tucano, "vai se dar nas
semanas finais".
FHC X Dilma – A entrada de FHC e da presidente Dilma
na campanha paulista se segue à "batalha epistolar" entre os dois no
início da semana. No domingo, ele publicou no jornal O Estado de S. Paulo um artigo crítico ao governo Lula, que ela replicou, no dia seguinte, defendendo seu antecessor.
Na quinta-feira (6), FHC afirmou que não quer levar essa discussão
adiante e fez um único comentário: "Fiquei contente porque tudo o que eu
disse parou em pé".
Reinaldo Azevedo
A receita do ex-presidente para a recuperação do PSDB e de seu
candidato é "a reafirmação corajosa de suas teses e a defesa de valores,
defender o que fizemos". Se isso for feito, ele espera que Serra volte
aos antigos patamares. "Ir para o segundo turno é fundamental", avisou.
FHC ironiza análises que falam em empate técnico porque um candidato
pode ter três pontos a menos e outro três a mais. "Ora, pode também ser o
contrário e o que lidera estar ainda mais ainda à frente, não?" Ele não
leva a sério, também, a insistência dos rivais em vender o novo. "O
Russomanno, de novo, não tem nada. É candidato há muito tempo. Só faz
sucesso "porque não está ainda classificado entre os grandes".
Aécio Neves – Nesta quinta-feira, em viagem a Jundiaí,
no interior de São Paulo, o senador tucano Aécio Neves (MG) fez, numa
reunião de apoio ao candidato do partido à prefeitura, um mea culpa geral em defesa de FHC: "O PSDB cometeu o pecado, no passado, de não ter valorizado o nosso legado".
Disse ainda que está "estimulando o presidente a entrar na campanha em
algumas capitais". Lembrou que no quadro atual o PSDB e seus aliados
lideram em mais de dez capitais "e o PT, só em Goiânia". Dali foi a
Ribeirão Preto, para encontro semelhante, e atacou os petistas:
"Queremos introduzir na agenda do Brasil a gestão pública de qualidade
para se contrapor a esse absurdo aparelhamento do estado brasileiro".
(Com Agência Estado)
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