terça-feira, 11 de setembro de 2012

"O pilantra que seduziu idiotas"


 



Por Reinaldo Azevedo



 Cai a máscara de Julian Assange, o pilantra que seduziu idiotas em penca mundo afora, muito especialmente no Brasil


Julian Assange, um dos grandes vigaristas da era cretinamente correta, nunca me enganou. E eu tenho o arquivo do blog a meu favor, não é? Dei a primeira porrada nele num texto intitulado Lamento dizer, mas também existe transparência antiética”, no dia 2 de dezembro de 2010. De lá para cá, foram muitas. Aqui vocês encontram a lista. Esse pilantra só se tornou uma referência positiva porque boa parte da imprensa, do Brasil e do mundo, perdeu os referenciais e passou a confundir ação criminosa com a apuração jornalística. Uma coisa, relembro, é conversar com bandidos ou mesmo divulgar documentos de interesse público que estejam sob sua guarda; outra, distinta, é patrocinar a bandidagem e a ilegalidade para obter esses documentos, como ele fazia e faz. O encantamento basbaque da imprensa ocidental com esse vigarista é fruto de uma crise ética.

Não por acaso, esse guardião da transparência está refugiado na embaixada do Equador, uma protoditadura, que exila e prende jornalistas independentes. Pretende montar naquele país o seu quartel-general. Assange responde a um processo por estupro na Suécia. Ele tenta, claro, convencer o mundo de que a Suécia é um tirania discricionária a serviço dos Estados Unidos. Pois bem… Leio agora na Veja.com que o grande libertário, o homem da transparência absoluta, quer censurar um filme sobre a sua trajetória. Considera-o difamatório. E resolveu recorrer à Justiça — instância que, fica claro, ele jamais reconheceu como válida – para tentar impedir a realização de um festival.

Cai a máscara do farsante. Não tenho claro até agora para quem trabalha o pilantrão. Uma coisa é certa: seus vazamentos sempre tiveram como alvo último os Estados Unidos. Para justificar sua ação em favor da censura, Assange diz que o documentário sobre ele é “unilateral” e “tendencioso”, como se o WikiLeaks tivesse dado alguma vez chance de defesa àqueles que se tornavam alvos de suas investidas.
O vigarista, como se nota, usou das conquistas das democracias ocidentais para cometer crimes em nome da liberdade de expressão e quer transformar em crime a maior de todas as conquistas da democracia ocidental: a liberdade de expressão!

Merece mesmo estar sentado ao lado de um tiranete xexelento como Rafael Correa, presidente do Equador.
Segue texto da VEJA.com:

Nenhum comentário:

Postar um comentário