A vida, em regra, é uma sucessão de perdas. As poucas
conquistas vão ficando enclausuradas na lembrança. O dia a dia é que nos governa.
Como autômatos, agimos sem muito pensar.
Volta e meia lembranças nos assaltam e nos tiram do torpor
que é viver imerso em afazeres: trabalho, estudo, criação dos filhos, assistência
aos pais.
E a vida vai seguindo trôpega, claudicante. Os amigos
rareiam. Os parentes, afastados. Enfim: ficamos meio que navegando em mares
nunca dantes navegados, para ficarmos com a imagem criada pelo Poeta.
Hoje eu recebi um e-mail de um grande amigo: Alexandre Rocha. Amigo que há
anos cultivo, ao qual dispenso admirações muitas. Um vencedor. Um homem que
reúne o que de melhor podemos cultivar nessa nossa odisseia por esse mundão:
lealdade, serenidade e inteligência.
Seu e-mail, por demais generoso, reacendeu em mim a chama da
saudade:
Grd
amigo, tudo bem? E a família?
Estou de
volta. Tinha planejado ficar até o fim de agosto, mas a Paula trabalhando
tivemos de mudar as coisas. Mesmo assim foi importante a experiência.
Tenho
lido seus textos sobre a política de SRN. Só você mesmo para me deixar
informado com seriedade.
Lembro-me
de que há cinco anos os textos eram mais apaixonados. Tinham um lado. Agora
eles são mais técnicos, imparciais e profissionais. Acho que dessa história
toda o que vale é que: surgiu um analista político, um jornalista político, um
pensador da política. Surgiu você. O resto o tempo
vai levando enquanto você
vai escrevendo nossa vida política.
É o que
vejo e sinto meu amigo.
Saudades,
Forte
abs,
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