sábado, 11 de agosto de 2012

Ler sempre...

Segundo Luc Ferry - filósofo francês -, " hoje, no Ocidente, ninguém arrisca a própria vida para defender um deus, uma pátria ou um ideal de revolução. Mas vale a pena se arriscar para defender aqueles que amamos. Vivemos a revolução do amor, e essa é melhor notícia do milênio". 

                                                   Pondé...










Sou leitor do francês. Gosto de suas abordagens. Embora eu leia com. mais constância Luis Felipe Pondé, pessimista, cético e politicamente incorreto, Ferry é uma grata surpresa. Faço um contraponto dos dois. 

Leio Nelson Rodrigues, grande influenciador de Pondé. Enfim, vivo lendo. 

Não sei exatamente por qual motivo desperdiço meu tempo com leituras infindáveis. Acho que é uma forma de "desbanalizar" a vida. Uma maneira de se "esconder" dessa pressa toda, dessa navegação sem rumo, dessa ideia que me povoa e me empanturra: a de que somos só uns macacos pelados, poeira cósmica. 

Não sei. Acho que já achei o meu fim: ler sempre. É como uma corrida sem fim: " sem pódio de chegada e beijo de namorada". 

Acabei de ler, de Eduardo Gianneti: " A ilusão da Alma: a biografia de uma ideia fixa". Formidável. 

Um professor especializado em Machado de Assis descobre que tem um tumor na cabeça. Depois da cirurgia para extirpá-lo, passa a ter outro tumor, agora metafísico. Ele passa a querer entender a relação mente-cerébro. Para isso, ele percorre os dias nesta fadigada busca. 

Sócrates, Demócrito, Machado. Mentalismo e Fisicalismo. Uma delícia perturbadora. Um misto de romance e pesquisa sobre a neurociência. 

Voltaremos a ele. 

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