sexta-feira, 27 de julho de 2012

Comentário na Rádio Cultura FM



O texto abaixo é o comentário feito na Rádio Cultura, hoje. Toda sexta-feira fazemos o comentário político da semana.





Bom dia a todos... hoje eu falo de uma pequena cidade do Piauí chamada São Félix, onde estou a trabalho. Fica a 160 km de Teresina.

Uma cidade organizada. Tudo limpinho. As coisas estão no lugar. A campanha política aqui é morna. Não ouvi, ainda, nenhuma propaganda política em carros de som. Não há radios locais. Aqui tudo é muito calmo.

Soube que por São Raimundo a campanha política também está morna. Sem grandes alterações. Acho que no mês de agosto a coisa pode começar a esquentar. A partir do dia 05, que é o prazo para o julgamento de todos os candidatos, pode se falar em disputa eleitoral.

O deferimento ou indeferimento de alguma candidatura – a do Padre Herculano e a do Avelar Ferreira - podem mexer com os ânimos. Ante disso, fica todos esperando por todos.

Na semana passada, encontrei o Beto Macedo. Mostrou-se animado. E disse que pronto para a luta. Chegou a me dizer que ainda cogita o apoio do prefeito Herculano, caso ele não siga com a candidatura. Ele afirmou que o Governador esteve com o Herculano e alertou que, separado, fica difícil vencer as eleições.

Eu, confesso, não vivencio o dia a dia da campanha em SRN. Não sei se há estratégias sendo montadas ou se a coisa vai andando sem grandes cuidados pelos que disputam a campanha por aí.

O que dá para intuir é o tamanho da dificuldade que terão os candidatos com a carência estampada pela falta de chuva na região. Li uma matéria no portal de Teresina que apontava que a seca na região de Cel José Dias estava influenciando a eleição de lá. Eu imagino que isso deva acontecer em grande parte em SRN. A situação calamitosa. As pessoas estão com grandes dificuldades. Enfim. É um triste retrato.

Agora se querem saber como essa eleição vai ser definida, é necesssário conhecer de perto quem são os eleitores de SRN. Por exemplo: temos o centro da cidade. Temos interior e a periferia, que deve ter um número maciço de votos. Como se comporta, hoje, essa periferia? Esse vai ser um grande diferencial. É isso que, na verdade, define.

Se eu fosse político, eu monitorava isso. Eu teria um raio x dessa situação. Eu vejo as campanhas de SRN sem esse diagnóstico. Não sei o grupo Ferreira, que não tenho contato. Não conheço os bastidores. Mas tenho certeza que os outros grupos não têm nem de perto esse levantamento.

È muito amadorismo. E se tem uma coisa que a política não aceita é amador. Em regra, essa turma entra em euforia por nada. Mas ninguém conhece os intestinos da cidade. Os grotões. O São Raimundo profundo. Ninguém.

Por isso, toda vez que alguém vem com uma análise de que fulano de tal tá bem porque tem o apoio desse ou daquele, eu reflito e concluo: está se enganando. Só acredito em números, em estatística, em pesquisa, o resto é chute.


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