terça-feira, 17 de julho de 2012

O roteiro da farsa do mensalão

Por Reinaldo Azevedo.

 

O roteiro da farsa: A versão que Delúbio combinou com Dirceu; ex-tesoureiro diz ter agido sozinho



"Olhem para Delúbio Soares. Pensem em Delúbio Soares. Lembrem-se de Delúbio Soares. Vocês podem acreditar que ele decidiu, sozinho, fazer a lambança do mensalão — cuja existência, claro!, ele nega? Pois ele diz que foi exatamente isso o que aconteceu. Nem José Genoino, então presidente do PT, nem José Dirceu, o então poderoso chefe da Casa Civil — e da quadrilha, segundo o procurador-geral — sabiam de suas ações. Uau! Delúbio era o grande autocrata do PT.

Corrupção? Nem pensar! Tudo caixa dois de campanha! E a dinheirama manipulada por Marcos Valério? Ele insiste que teve origem em empréstimos bancários e que a milionária verba de publicidade oficial que passava pela agência do publicitário não tinha qualquer vinculo com a dinheirama repassada aos políticos.
Considerando que a grana do mensalão era repassada a políticos e partidos da base aliada, ficamos sabendo, assim, que Delúbio era, além de tesoureiro, o grande articulador político de Luiz Inácio Apedeuta da Silva, certo?

Há mais: se, como sustenta, agiu sozinho, causando tantos dissabores ao partido, o normal seria que os petistas estivessem bravos com ele, não é? Mas quê… Foi reintegrado ao partido com todas as honras… Delúbio não diz por que decidiu optar pelo esquema clandestino para pagar as contas e por que recorreu justamente a Valério, que tinha algumas contas graúdas do governo federal.
Pois é, meus caros: em matéria de cara de pau, os petistas não têm competidores"

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