Mensaleiros em ação – Gilmar Mendes: “Pensei que eles fossem me acusar de ter matado Celso Daniel…” Ou: Atenção, ministros do STF: A quadrilha os está chantageando! Ou vocês fazem o que ela quer ou ela promete difamá-los
O
jogo é pesado! Aquele negócio que se confunde com imprensa e que hoje
atua a serviço do petismo, do governismo e dos mensaleiros perdeu a
noção de qualquer limite. Nadando na dinheirama de governos petistas e
das estatais e certa da impunidade — apostando, de resto, na lentidão da
Justiça —, essa gente publica qualquer coisa, o que lhe der na telha, o
que o chefe mandar.
A Carta
Capital, comandada pelo notório Mino Carta, cuja independência é
conhecida, certo? — resolveu anunciar a existência de uma suposta lista
de beneficiários do chamado “mensalão mineiro”. Nela estariam o ministro
Gilmar Mendes (claro!), a Abril (por que não? Duas parcelas de R$ 49,5
mil!!!), ministros de FHC e o próprio ex-presidente.
É
estupefaciente! Há indícios de que o papelório foi forjado pela mesma
quadrilha que falsificou a lista de Furnas. Saibam os senhores: bandidos
estavam tentando emplacar essa nojeira na imprensa séria faz algum
tempo. Todos sentiram o cheiro da farsa e caíram fora. Menos a “Carta
Capital”, que, afinal, tem uma missão. Exatamente porque conhece o
cheiro da farsa.
O jogo é
conhecido. A revista lança a porcaria, a rede suja na Internet,
igualmente financiada por dinheiro público, encarrega-se de pôr a coisa
pra circular, a difamação se espalha, gera movimento e, depois, ninguém
mais fala do assunto. Trata-se de um último esforço para tentar tirar
Mendes do julgamento do mensalão.
Eu não sei
qual será o voto do ministro. Só ele sabe. Se Zé Dirceu tem motivos para
temê-lo — daí o esforço para tirar o ministro do julgamento —, não deve
ser diferente com Marcos Valério, certo? Nessa perspectiva, ele próprio
poderia desejar o mesmo. Não obstante, sua defesa divulgou uma nota,
que reproduzo abaixo. Volto em seguida:
NOTA À IMPRENSA
A defesa de Marcos Valério Fernandes de Souza manifesta sua
perplexidade com o teor de matéria publicada nesta data pela Revista
Carta Capital. Trata-se, lamentavelmente, de reportagem baseada em
documentos e informações falsas. Ao que tudo indica, documentos
provavelmente produzidos por pessoa notoriamente conhecida por seu
envolvimento em fraudes diversas em Minas Gerais, que recentemente
esteve preso acusado de estelionato e que, inclusive, seria beneficiado,
de forma no mínimo curiosa, no próprio documento falsificado.
A defesa de
Marcos Valério reitera seu respeito e confiança no Poder Judiciário,
especialmente no Supremo Tribunal Federal, manifestando seu repúdio a
qualquer dúvida que seja levantada sobre a credibilidade, a capacidade
jurídica e a imparcialidade do Ministro Gilmar Mendes. Trata-se de
magistrado que exerce suas funções de forma exemplar, dignificando seu
exercício no Pretório Excelso.
Repita-se: a
matéria baseia-se em documentos e informações falsas, cujo teor são
veementemente rechaçados por Marcos Valério Fernandes de Souza. Os dois
documentos constantes da publicação não foram produzidos ou assinados
pelo mesmo, parecendo ser mais uma montagem do conhecido falsário.
Marcos Valério aguarda, com serenidade, o início do julgamento da Ação Penal nº 470 pelo Supremo Tribunal Federal.
Belo Horizonte, 27 de julho de 2012
Marcelo Leonardo
Advogado Criminalista e defensor de Marcos Valério
Marcelo Leonardo
Advogado Criminalista e defensor de Marcos Valério
Voltei
O curioso é que a lista reproduzida na revista não traz o nome
do ministro, apresente só na peça difamatória que circula na Internet.
Até onde essa gente pode ir, alimentada com dinheiro público? Eis uma
boa questão. Falei há pouco com o ministro. Não resta outra reação que
não a ironia:
“Nossa! Que coisa! Cheguei a pensar que
eles fossem me acusar de ter matado o prefeito Celso Daniel… Mas acho
que eles sabem que não fui eu, como sabem que essa lista é uma farsa,
coisa de bandidos!”
STF refém
A quadrilha que faz essas coisas está mandando um recado aos
ministros do Supremo: aqueles que não votarem “direitinho” poderão ser
vítimas da rede de difamação. E, como a gente vê, eles não distinguem
verdade de mentira.
Que coisa asquerosa!
Esse mercado
deve operar mais ou menos com a lógica vigente no submundo dos
matadores de aluguel, cangaceiros e pistoleiros. A depender do serviço,
sobe o preço. Tudo bem! O dinheiro público dá conta do recado. É um saco
sem fundo. Tudo vale a pena se a grana não é pequena.
De resto, havendo uma condenação na Justiça, tem quem paga: nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário