sábado, 7 de julho de 2012

Os deuses, loucura e a política de SRN.




Dizem que os deuses primeiro enlouquecem aqueles que querem destruir. O processo de destruição, portanto, inicia-se com a loucura sendo instalada, incutida, para, depois, a destruição chegar, a galope. Os deuses são assim: estabelecem um ritual para a extinção de seus súditos. É da natureza dos que comandam os destinos mundanos trabalhar com as fragilidades instiladas em nós, meros mortais que somos.

A decisão do prefeito Herculano, com o apoio da executiva estadual do Partido dos Trabalhadores-PT, de modificar a posição tomada pela executiva municipal é uma dessas ações que acabam por revelar o nível de entendimento dessa turma, que chegou ao poder em São Raimundo, reforçando o grau de comprometimento da razão, já tão avariada de há muito.

Tempo e tranquilidade para tomar decisões importantes eles tiveram. Não tiveram, no entanto, consciência de seu papel no processo político da cidade. Não foram capazes de rascunhar um projeto, uma ideia que fosse forte o suficiente para descortinar horizontes. Deixaram as frágeis amarras que uniam um grupo puírem de vez, apodrecerem até sumir.  

O ambiente político, que já não era bom, tornou-se irrespirável. Uma intranquilidade capaz de destruir quaisquer chances de êxito na disputa pelo poder em São Raimundo.

O pior dos mundos numa campanha política é a instabilidade. Se não houver uma força central, um ponto de referência, uma plataforma onde possa assentar estratégias, não há como emprestar à campanha política a força necessária para caminhar célere e rígida.

Ao contrário, o caminhar trôpego, a falta de eixo, torna-se a marca maior da campanha, levando  o grupo situacionista ao abismo. Um suicídio pronto a ser levado a efeito.

Quem rir à toa, nesse caso, é o adversário. Sem precisar desarticular o opositor, restando apenas cuidar de seu próprio umbigo, o grupo Ferreira só se preocupará em não cometer erros. Essa eleição aponta para ser uma das mais fáceis da história da cidade. A volta do grupo ao poder é uma crônica anunciada. Cartas marcadas. Tudo desenhado para que o estilo Ferreira triunfe mais uma vez nesse ano simbólico, que é o centenário da cidade.

Evidente que existem variáveis no meio do caminho. A dinâmica da política não permite que se faça exercício de futurologias em cima de fatos recentes. Mas, diante das insanidades ocorridas atualmente, tudo leva a crer que os deuses já estão se refestelando com o início do processo de destruição deflagrado com a primeira de muitas ações tresloucadas desse grupo que caminha para a autodestruição.  

É isso.


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